Por Reuters
A colheita total de milho 2022/23 do Brasil foi estimada nesta quinta-feira em recorde de 127,8 milhões de toneladas, aumento de 2,1 milhões de toneladas na comparação com a previsão de junho, com melhores resultados no cereal da segunda safra que está sendo colhido, apontou relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A safra de inverno de milho do Brasil, que responde pela maior parte do cereal produzido, foi estimada em 98 milhões de toneladas, ante 96,3 milhões estimativa do mês passado.
“As chuvas ocorridas durante o ciclo da cultura favoreceram o desenvolvimento do milho, e a sua ocorrência mais prolongada favoreceu as áreas semeadas fora da janela ideal”, disse a Conab.
Com isso, a produção de milho deverá crescer 12,9% na comparação com o ciclo passado, também ajudada por aumento da área plantada.
Já a safra de soja 2022/23, colhida no primeiro semestre, foi ajustada para 154,6 milhões de toneladas, ainda um recorde, mas abaixo dos 155,7 milhões vistos em junho. Na comparação anual, a alta é de 23,1%, com impulso de recuperação nas produtividades, após uma seca no ciclo passado e também aumento de área plantada.
A Conab manteve as estimativas de exportações brasileiras de soja em 95,6 milhões na safra 22/23 e de milho em 48 milhões de toneladas, patamares também históricos. O Brasil é atualmente o maior exportador das duas commodities.
Já a safra de algodão 2022/23, com a principal colheita no Brasil sendo iniciada, foi estimada em 3 milhões de toneladas (pluma), leve aumento ante junho, mas crescimento de 17,8% ante o ano passado.
A safra de trigo 2023 do Brasil, que está sendo plantada, foi estimada em 10,4 milhões de toneladas, versus 9,8 milhões na previsão de junho e ligeiramente abaixo do recorde de 2022.