Por Leandro Tavares
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou nesta sexta-feira (11) que as projeções para a inflação no Brasil continuam a rondar o limite da banda da meta até 2025, de 4,5%. A menor convergência para o centro da meta, de 3%, pode ser entendida como um limitador para a redução da taxa básica de juros, a Selic.
Segundo ele, há sempre um debate se o país deveria elevar os juros e sacrificar ainda mais a economia e um pequeno ganho na inflação, ou se deveria olhar um horizonte mais longo. “Olhar horizonte mais longo de convergência sempre tem o risco de perder credibilidade”, afirmou o presidente do BC, durante participação no Fórum de Gestão Empresarial no Paraná.
Campos Neto ressaltou que os juros futuros de longo prazo estão precificados em 9,50%, o que motiva a necessidade de realizar um ciclo de flexibilização da Selic com credibilidade. “As condições financeiras começaram a melhorar mesmo antes de o BC concretizar esse processo de queda de juros”, disse.
Em relação à China, a segunda maior economia do mundo e influente em emergentes como o Brasil, Campos Neto ressaltou que o BC olha de perto para o país asiático, já que se o crescimento for reduzido isso tende a impactar a nossa economia.