Por Reuters
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira que não se discute mais quando será o corte de juros pelo Banco Central, e sim qual será sua magnitude, afirmando haver espaço para uma redução da Selic superior a 0,25 ponto percentual.
A taxa básica de juros está atualmente em 13,75% ao ano. Na ata de sua última reunião de política monetária em junho, o BC sinalizou que a maioria dos membros do seu Comitê de Política Monetária (Copom) vê a possibilidade de iniciar um afrouxamento “parcimonioso” em agosto, desde que um cenário de inflação mais benigno se consolide.
Em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, da RedeTV, Haddad afirmou ainda que deve discutir na sexta-feira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a possibilidade de criar benefícios tributários para utensílios domésticos de linha branca, após o presidente ter defendido uma ação do governo nessa direção esta semana.
Haddad não foi o único a pressionar. A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse nesta quinta-feira que a redução da taxa Selic de seu patamar atual de 13,75% precisa ser iniciada com um corte de 0,5 ponto percentual pelo Banco Central, e não de 0,25 ponto percentual, como é amplamente previsto pelo mercado.
No Rio de Janeiro, Tebet afirmou ainda que os dois novos diretores do BC indicados pelo governo federal, Gabriel Galípolo e Ailton Aquino, serão “vozes” favoráveis à redução dos juros e que o nível alto da taxa Selic está prejudicando o setor de varejo.