Por: Leandro Tavares
O déficit primário consolidado do setor público do Brasil foi de R$18,1 bilhões em setembro, uma melhora em comparação ao mês anterior, quando havia registrado déficit de R$22,8 bilhões, de acordo com dados do Banco Central divulgados nesta quarta-feira.
Em setembro, o déficit foi resultado de desempenhos desfavoráveis em diferentes esferas governamentais. O Governo Central registrou déficit de R$16,5 bilhões, enquanto os governos regionais apresentaram um déficit de R$1,1 bilhão e as empresas estatais de R$500 milhões.
O resultado nominal consolidado, por sua vez, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$99,8 bilhões no período, uma melhora na comparação mensal, já que havia alcançado déficit de R$106,56 bilhões em agosto. O consenso das projeções de mercado apontava para déficit de R$64,8 bilhões.
Nos 12 meses encerrados em setembro, o setor público consolidado registrou déficit de R$101,9 bilhões, equivalente a 0,97% do Produto Interno Bruto (PIB). Já o déficit nominal alcançou R$801,6 bilhões no mesmo intervalo, ou 7,62% do PIB.
No período, os pagamentos de juros nominais do setor público consolidado, apropriados por competência, somaram R$81,7 bilhões, uma alta de 14,42% em relação ao mesmo intervalo de 2022.
ENDIVIDAMENTO
A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) alcançou 60% do PIB em setembro, equivalente a R$6,3 trilhões, o que representa um aumento de 0,1 ponto percentual em relação ao mês de agosto. Essa elevação foi influenciada principalmente pela desvalorização cambial de 1,7% no mês, pelo déficit primário, pelos juros nominais apropriados e pelo efeito da variação do PIB nominal.
Por outro lado, a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), que compreende Governo Federal, INSS e governos estaduais e municipais, atingiu 74,4% do PIB no mês passado, o que correspondente a R$7,8 trilhões.
(LT | Edição: Luciano Costa | Comentários: equipemover@tc.com.br)