Por: Luciano Costa
07/02/2024 – O Brasil precisa rediscutir subsídios e políticas públicas cujos custos são bancados pela tarifa de energia, uma vez que estes têm pesado sobre as contas de luz, defendeu hoje o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Sandoval Feitosa, acrescentando que o governo está atento ao tema.
“Tenho a grata satisfação de dizer que todas conversas que tenho tido com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, são no sentido de racionalizar o custo da energia elétrica ao consumidor final no país”, disse Sandoval, ao participar de evento do BTG Pactual em São Paulo.
Segundo ele, um caminho para tarifas menores seria “reduzir subsídios”, alocar “eficientemente” custos setoriais e avançar em questões como a discussão com o Paraguai sobre a tarifa da energia da hidrelétrica de Itaipu– o Brasil tenta negociar uma redução dos valores, mas o país vizinho, que vende ao Brasil parte da energia a que teria direito, quer um aumento.
Somente os subsídios exigiram R$29 bilhões em encargos na tarifa de energia dos consumidores em 2023, para bancar programas como o Luz Para Todos e incentivos a fontes renováveis e ao uso de diesel em regiões isoladas, entre outros programas.
“O ministro empunhou essa bandeira e vai discutir com a sociedade brasileira a real necessidade de uma energia barata, acessível”, disse Feitosa, sem detalhar medidas em discussão.
(LC | Edição: Luca Boni | Comentários: equipemover@tc.com.br)