Ser rico é um conceito que vai muito além do seu saldo no banco ou os bens materiais acumulados. Para um brasileiro, a riqueza pode ser definida de maneiras diversas, refletindo a complexidade e a diversidade cultural do país.
No entendimento mais comum, ser rico muitas vezes está associado ao poder de consumo: ter uma casa confortável, um carro de luxo, viajar regularmente ou desfrutar de bens que vão além do essencial. Porém, essa visão limitada desconsidera aspectos mais profundos e subjetivos.
No Brasil, onde as desigualdades sociais são marcantes, muitos enxergam riqueza na garantia do básico: acesso à saúde, educação de qualidade, segurança e oportunidades. Para alguns, ter uma vida tranquila, sem dívidas ou incertezas sobre o futuro, já é um sinal de prosperidade. O que eu não discordo em nada! Mas chamaria isso de mínimo, como se então nesse caso todo mundo devesse ser rico, sim.
Mas será que riqueza é apenas financeira e material? Há um debate importante sobre outras formas de riqueza, como a riqueza emocional, cultural e espiritual. Ser rico pode significar ter tempo para conviver com a família e os amigos, desfrutar de momentos de lazer ou cuidar da própria saúde física e mental. Pode ser viver em harmonia com a natureza, cultivar valores como solidariedade e generosidade ou sentir-se realizado em uma profissão que traz propósito e felicidade.
Para muitos brasileiros, a riqueza está também na capacidade de sonhar e construir um futuro melhor, mesmo em meio a desafios. É encontrar alegria nas pequenas coisas: um pôr do sol, uma conversa significativa, uma refeição compartilhada. É viver em um país de imensa diversidade, onde a riqueza cultural está presente nas músicas, danças, sabores e tradições que nos conectam.
Assim, ser rico é algo pessoal e subjetivo. É um estado de espírito que transcende o material e se revela na forma como valorizamos e nos relacionamos com o que temos, com as pessoas à nossa volta e com a vida em si. Talvez a verdadeira riqueza esteja, afinal, em reconhecer e celebrar as coisas que não têm preço.
Eu não me considero plenamente rico. Acredito que ainda estou atrás da minha riqueza, e isso por si só já me faz bem. Mas de forma alguma sou pobre. Pobre de condições financeiras e econômicas, nem pobre de amigos, tempo, lazer, entre tantas outras coisas.
Mas encerraria falando que, de fato, é muito difícil ser rico sem o que chamei de básico ou mínimo. Por isso, acho belo quando as pessoas reconhecem que querem ser ricas, e assumem isso como prioridade inicial, com orgulho e livre de julgamentos.
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*Bruno Corano é empresário, investidor, economista formado pela UPENN – Universidade da Pennsylvania, sócio controlador da Corano Capital NYC, maior gestora privada brasileira nos EUA.