Entender o que é taxa Selic, além da sua influência no mercado, é fundamental para quem pretende atuar no mundo dos investimentos. Isso porque, por mais que alguns ainda não saibam disso, essa taxa afeta uma série de aplicações.
Na realidade, dentro do Brasil, a Selic afeta todos os investimentos, seja de maneira direta ou indireta. Isso porque, ela é a taxa principal do país, com as outras se baseando nela para definir a sua política de juros, por exemplo.
Por esse motivo, é essencial acompanhar a movimentação da Selic, pois somente dessa forma, você consegue atuar no mercado. Quem não estuda os movimentos dessa taxa costuma perder dinheiro por conta do despreparo.
Sendo assim, é importante saber o que é Selic, seu valor, entender sua influência, entre outros pontos relevantes. E para te ajudar com essa tarefa, resolvemos produzir este artigo para você descobrir todas as informações relevantes relacionadas à Selic.
Venha conferir!
O que é a taxa Selic?
Compreender o que é a taxa Selic é o pontapé inicial para quem pretende investir dentro do mercado. Seja em Renda Fixa ou Renda Variável, entender o seu conceito é crucial para garantir que irá realizar boas operações sem jogar dinheiro fora.
De maneira resumida, podemos dizer que a Selic é a taxa básica de juros da economia, influenciando todas as outras. É por meio dela que outras taxas mudam de valor, e por isso, é fundamental acompanhar a sua movimentação dentro do mercado.
A taxa Selic foi criada pelo Banco Central e pela Anbima como um instrumento para tentar controlar a inflação do nosso país. Por isso, ela acaba sendo tão influente, afinal, tudo está sujeito também à influência da inflação no mercado brasileiro.
Dessa forma, a Selic influencia os juros de financiamentos, investimentos e empréstimos, o que movimenta a economia no geral. Praticamente toda operação financeira que é realizada em nosso país vai acabar sendo influenciada por ela de alguma forma.
Em todo caso, é importante entender que a taxa Selic é a que acaba influenciando diretamente todas as outras do nosso país. Desde os juros praticados pelos bancos, até qualquer outro, acaba sofrendo, de alguma forma, influência dela.
Assim, o Banco Central sempre busca operar no mercado de títulos para fazer com que a Selic esteja dentro da meta. Essa meta é delimitada pelo Comitê de Política Monetária do BC, também chamado de Copom, que ocorre periodicamente.
Em todo caso, a Selic é a “taxa mãe” dentro do Brasil, alterando drasticamente todas as outras que são praticadas no país. Sendo assim, é imprescindível acompanhar de perto as tendências e a sua movimentação em tempo real.
Qual a taxa Selic acumulada em 2022?
Saber qual a taxa Selic acumulada em 2022 também é importante para verificar a movimentação do mercado mais de perto. Os números estão extremamente altos no cenário atual e verificar os meses passados nos ajuda a ter uma visão mais aprofundada do processo.
Durante o ano de 2022, de janeiro até o mês de setembro, a série acumulada em 2022 é a seguinte:
- Janeiro: 0,73%;
- Fevereiro: 1,49%;
- Março: 2,43%;
- Abril 3,29%;
- Maio: 4,36%;
- Junho: 5,42%;
- Julho: 6,51%;
- Agosto: 7,75%;
- Setembro: 8,91%.
Como você pode ver, os valores não estão baixos e isso já estava claro nas metas que foram criadas no decorrer do ano. As reuniões do COPOM, durante o ano de 2022, de janeiro até setembro, firmaram as seguintes metas para essa taxa até o momento:
- Reunião em 22 de fevereiro: 10,75% a.a;
- Reunião em 16 de março: 11,75% a.a;
- Reunião em 04 de maio: 12,75% a.a;
- Reunião em 15 de junho: 13,25% a.a;
- Reunião em 03 de agosto: 13,75% a.a;
- Reunião em 21 de setembro: 13,75% a.a.
Como você pode ver, o ano já se iniciou com uma meta de manter a Selic alta, acima do patamar de 10% ao ano. Porém, por conta de diversos fatores, como uma inflação alta, a situação acabou piorando, fazendo com que os valores chegassem a um nível elevado.
Inclusive, atualmente, a taxa Selic hoje é de 13,75%, valor que pode ser alterado nas próximas reuniões do COPOM. Porém, para descobrir isso, é preciso que os encontros sejam realizados, e por isso, só nos resta aguardar pela possível mudança.
Qual foi a maior taxa Selic no Brasil?
Desde a sua criação a Selic já teve episódios em que esteve extremamente alta, o que causou tormento em toda a população. Hoje, o patamar está altíssimo, mas durante o período de hiperinflação, a situação chegou a ser ainda mais crítica.
Durante fevereiro de 1989, mais especificamente no dia 2, foi possível notar que a taxa apurada foi de 3,626%, tudo isso em um único dia. Isso fez com que os preços de tudo o que fosse ser comprado sofresse uma alteração bastante considerável.
Esse ano contou com muitos desafios a serem enfrentados por investidores e povo brasileiro em geral. Isso porque, com uma taxa oscilando toda essa porcentagem em um único dia, o cenário estava totalmente imprevisível para todos.
Ainda durante o ano de 1989, em 26 de dezembro, foi possível notar que a taxa composta dos últimos 12 meses havia chegado ao patamar de 115334,03%. O número é extremamente assustador, seja para os padrões atuais ou da época.
Hoje, com uma economia mais experiente, a situação não foge tanto do controle, apesar dos altos índices registrados em geral. Vivemos um momento de crise econômica, de subidas incessantes, mas que devem parar em um futuro não tão distante.
A última taxa mais alta foi registrada em 2016, quando alcançou a marca de 14,25%. Hoje, o patamar é quase o mesmo, 13,75%, porém, investidores externos e brasileiros esperam que esse cenário mude em breve.
De toda forma, se você, investidor, pretende aproveitar esse momento, saiba que a Renda Fixa pode ser uma boa alternativa para conseguir lucro. Mesmo que o cenário não pareça animador, um olhar crítico e treinado consegue enxergar boas oportunidades.
E para isso, é preciso buscar por capacitação e tentar aumentar a sua experiência dentro do universo dos investimentos. Dessa maneira, você conseguirá enxergar o mercado de maneira mais criteriosa, aumentando suas chances de fazer boas aplicações.
Como fica o CDI com o aumento da Selic?
Muitos se perguntam como fica o CDI com o aumento da Selic, só que essa resposta é simples de ser dada. Isso porque, o Certificado de Depósito Interbancário, assim como outras taxas do mercado, acompanha a movimentação da Selic de perto.
No entanto, no caso do CDI, a relação é mais direta, pois ele é a taxa de referência para muitos ativos de Renda Fixa. Quando falamos de títulos pós-fixados, é muito importante analisar a taxa do CDI no momento, pois é isso que vai definir quanto será o seu rendimento de maneira geral.
O crescimento da Selic também implica na alta do CDI, que tem o seu valor elevado nesse cenário. Logo, se a Selic sobe, o CDI também sobe, assim como quando a queda acontece, o valor do CDI também acaba despencando, pois são diretamente ligados.
Sendo assim, é impossível pensar em CDI sem analisar a Selic, afinal, a primeira taxa depende totalmente da segunda. Por esse motivo, é importante analisar o mercado de maneira mais ampla antes de fazer qualquer tipo de investimento de fato.
Por que a Selic sobe e desce?
Como vimos, a Selic foi criada para controlar a inflação, estando diretamente ligada ao consumo do povo brasileiro. Ela é a responsável por influenciar o consumo, fazendo com que a circulação monetária diminua ou aumente por parte das pessoas.
Logo, quando o consumo da população está muito alto, a tendência é que a inflação também suba. Sendo assim, é necessário subir a taxa Selic para evitar que os preços fujam do controle, desestimulando uma maior circulação de moeda.
O mesmo acontece quando a economia precisa de uma “injeção de ânimo”, causando a queda da Selic. Sendo assim, de maneira resumida, podemos dizer que o Banco Central conta metas de inflação, e por isso, ele atua para garantir que a inflação fique dentro de metas pré-estabelecidas.
Como vimos em nosso material, a taxa Selic já foi extremamente alta, o que fez com que ela se tornasse imprevisível durante o ano de 1989, por exemplo. E para evitar que isso aconteça, a solução encontrada foi usar dessas oscilações para “controlar” a inflação o máximo possível.
O que a taxa Selic influencia na vida das pessoas?
Apesar de investidores se interessarem muito no assunto, a Selic não foi criada, necessariamente, para tratar sobre rentabilidade de investimentos. Como já foi dito, é um mecanismo desenvolvido para controlar a inflação do nosso país.
O poder de compra do povo brasileiro é afetado. Quando a taxa Selic sobe, o objetivo do Banco Central é fazer com que a circulação de moeda diminua, ou seja, as pessoas comprem menos, afinal, os juros vão aumentar.
Isso faz com que a taxa dos empréstimos sejam mais caras, o que é ruim para a população, mas que ajuda a parar a subida dos preços. Logo, só dessa forma, já dá para notar o quanto a taxa Selic influencia na vida das pessoas no geral.
O endividamento da população brasileira pós-covid, muito se deve pelos altos valores praticados pela Selic atualmente. Com dificuldade em acessar créditos, a circulação de moeda realmente diminuiu, o que acabou dificultando a vida de muita gente.
Porém, o contrário também acaba acontecendo e, por isso, é fundamental ficar atento à movimentação dessa taxa. Quando a Selic cai, o objetivo do BC é fazer com que a movimentação de moeda no Brasil aumente, pois os juros vão estar menores.
Por mais que muitos não saibam disso, a Selic é extremamente importante para definir a forma como vivemos. Com uma taxa Selic em 14%, por exemplo, considerada alta, a vida do povo brasileiro deve ser diretamente afetada por conta disso.
Isso porque, como dizemos, a Selic em alta tem o objetivo de diminuir a circulação da moeda, e por isso, vai subir algumas taxas de juros do mercado. Logo, mesmo quem não investe está tendo o seu dia diretamente influenciado pela Selic a todo momento.
De toda forma, estando envolvido com o mercado de investimentos ou não, é recomendado acompanhar a Selic. Essa taxa acaba fazendo com que muito do nosso comportamento no dia a dia seja afetado de diversas formas.
Como a taxa Selic afeta a sua vida?
Já vimos que a taxa Selic influencia diretamente nos preços praticados pelo mercado, seja com investimentos ou não. Por isso, de maneira direta, podemos dizer que a Selic afeta a sua vida de diferentes níveis, sendo você um investidor ou não.
O preço de mercadorias no supermercado, ações, rentabilidade de títulos, tudo isso é diretamente influenciado pela Selic. Quando ela sobe, justamente para desestimular a circulação de moeda, a nossa vida acaba sofrendo algumas alterações drásticas.
Isso pode ser ruim para boa parte das pessoas, porém, um investidor pode enxergar como uma oportunidade de negócio, já que alguns investimentos podem acabar se tornando mais rentáveis nesse cenário, como é o caso das aplicações em Renda Fixa.
Tudo é influenciado pela taxa Selic, desde o preço de mercadorias do mercado que entram na sua casa, até a solicitação de crédito a um banco. É claro que os produtos de um supermercado ainda contam com outros pontos que influenciam em seu valor, porém, a Selic é um aspecto relevante nesse cenário.
Portanto, sendo investidor ou não, é necessário ao menos saber o que é Selic, além de outras informações importantes. Por mais que muitos não saibam, essa taxa está diretamente ligada a muitos pontos que circulam e afetam a nossa vida.
Quem cuida da taxa Selic?
Quem cuida da taxa Selic é o Banco Central, responsável, inclusive, por fazer os cálculos que definem o seu valor. No entanto, como dissemos, tudo isso é feito nas reuniões do COPOM, que acontecem com certa periodicidade para realização de ajustes.
É nesse momento que se decide se a taxa deve subir ou não, tudo isso de acordo com o momento econômico enfrentado. Alguns fatores influenciam diretamente nessa decisão, afinal, barrar a inflação é o objetivo central da Selic de maneira resumida.
A inflação, por sua vez, é diretamente influenciada pelos hábitos de consumo da população. Sendo assim, uma coisa acaba fazendo com que os reflexos sejam sentidos na outra, fazendo com que o preço da Selic oscile.
De maneira geral, é possível dizer que o COPOM, quando vê que a inflação está alta, procura subir ou, no mínimo, manter a Selic ao menos no patamar atual. O mesmo padrão de movimento acontece quando a taxa está baixa, para garantir que a inflação consiga ser mantida sob controle.
O mais importante aqui é entender que a Selic é controlada pelo Banco Central, que, por sua vez, define o seu valor após as reuniões do COPOM. Esse processo se repete algumas vezes no decorrer do ano, com o calendário de 2022 tendo as seguintes datas:
- 7 e 8 de dezembro (primeira reunião foi realizada ainda em 2021);
- 2 de fevereiro;
- 16 de abril;
- 4 de maio;
- 15 de junho;
- 2 de agosto;
- 21 de setembro;
- 26 de outubro.
Como investir dinheiro na taxa Selic?
Muitos se perguntam como investir na taxa Selic, no entanto, a verdade é que não é possível realizar esse tipo de operação. Isso porque, a Selic é uma taxa de juros e não um título para ser comprada por um investidor.
A Selic é apenas um indicador do mercado, que serve como referência para outras taxas. Porém, investir propriamente nela é impossível, já que não é um tipo de investimento, como muitos pensam.
Apesar disso, você consegue fazer investimentos em títulos atrelados à Selic para aproveitar as suas taxas de juros. Dessa maneira, é possível fazer com que as taxas de juros acabem jogando a seu favor, aumentando os seus rendimentos.
Confira algumas das alternativas de investimentos que são atreladas à Selic:
- Tesouro Selic: título que rende uma taxa pré-fixada junto ao valor da Selic, sendo excelente para quem quer aumentar os rendimentos;
- CDB: quando se está com 100% de CDI ou mais, esses títulos de Renda Fixa são ótimas alternativas atreladas à Selic;
- Contas digitais: algumas contas digitais rendem 100% do CDI ou mais e são diretamente atreladas à movimentação da Selic.
Como você pode ver, não é possível investir diretamente na Selic, porém, dá para tirar proveito dela no mercado. Até porque, como todas as taxas de juros estão ligadas a Selic, os investimentos que dão lucro são influenciados por ela.
Dessa forma, a Selic influencia diretamente em nossa vida e, no que diz respeito aos investimentos, isso não seria diferente. Por esse motivo, todos os que investem precisam estar atentos a essa taxa.
O que fazer com a Selic alta?
Agora que já sabemos o que é taxa Selic e outras tantas informações sobre ela, resta falarmos sobre a sua alta. Hoje, a taxa está em patamar elevado, o que deixa muitos investidores sem saber qual postura adotar no mercado.
Esse cenário, para boa parte das pessoas, não é bom, porém, para quem investe em Renda Fixa é excelente. Isso acontece porque, como o desempenho desses títulos é atrelado ao CDI, que é influenciado pela Selic, a tendência é que gerem ainda mais rendimentos.
Por esse motivo, quando a Selic está em alta, o melhor a ser feito é investir em Renda Fixa, pois isso pode trazer os melhores resultados. Algumas das indicações de maior relevância para se investir dentro desse cenário são:
- Tesouro Direto: títulos pós-fixados podem ser boas opções, pois a Selic em alta influencia esse tipo de investimento;
- CRA e CRI: títulos ligados ao setor do agronegócio e imobiliário, respectivamente, servem para financiar essas áreas, podendo resultar em lucro;
- CDB: é usado por bancos e servem para captar recursos financeiros em suas operações de crédito;
- Debênture: são títulos voltados para investir recursos financeiros para a quitação de dívidas, sendo caracterizados por serem de dívida privada;
- LCA E LCI: títulos ligados ao agro e ao setor imobiliário, respectivamente, servem para captar recursos para que projetos dessas áreas sejam financiados.
Sendo assim, entender a alta da Selic e seus desdobramentos no mercado é muito importante. Com todo o material que você conferiu aqui, você tem tudo para fazer investimentos de sucesso, multiplicando seu patrimônio de maneira responsável e consciente.