Nos últimos anos, a evolução da inteligência artificial (IA) tem sido notável e impactante. Avanços significativos em algoritmos, poder computacional e disponibilidade de dados têm impulsionado a IA a novos patamares.
Na política, a IA pode ser empregada para analisar grandes conjuntos de dados eleitorais, identificando padrões, tendências e preferências do eleitorado. Isso pode ajudar os partidos políticos a adaptarem suas estratégias de campanha e a abordarem questões de forma mais eficaz.
Muitos parlamentares, stakeholders e personalidades importantes no cenário político utilizam as redes sociais para dar ênfase em suas ações e projetos, seja de forma orgânica, onde uma pessoa compartilha sua matéria com pessoas conhecidas, e essas pessoas compartilham com outras, ou por meio de marketing digital pago, como anúncios no Google e em outras redes sociais, onde a publicação ou propaganda aparece mesmo que você não se interesse muito sobre o assunto ou nunca tenha pesquisado nada a respeito.
O investimento de tempo e dinheiro para ser conhecido e relevante nas redes é válido não apenas para a divulgação e promoção pessoal durante a campanha eleitoral ou até mesmo ao decorrer do mandato, mas também proporciona um maior entendimento com relação às demandas populares. Assim como os parlamentares postam suas opiniões políticas nas redes e se posicionam sobre diversos temas, também é possível ver como a população está reagindo diante desses assuntos e analisar se o parlamentar está se aproximando ou se distanciando política e ideologicamente de seu eleitorado.
Um exemplo foi o que ocorreu com a PL 2630/2020, mais conhecida como PL das Fake News, onde a população ao se manifestar contrária nas redes sociais, fez com que parlamentares inclinados a votar a favor recuassem.
Através de uma simples publicação em suas redes, seja uma foto no Instagram ou um pequeno texto no Twitter, os políticos conseguem alcançar uma grande quantidade de pessoas, e assim como ficou mais fácil para eles divulgarem suas ideias, também ficou mais fácil para que a população tenha acesso ao ambiente político e consiga acompanhá-los mais de perto.
Importante dizer que a Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011), previa o acesso à informação e a transparência na divulgação das atividades nos Três Poderes, contemplando todos os órgãos e entidades em nível Federal, estadual, distrital e municipal, toda a Administração Pública Direta e Indireta, e Entidades sem fins lucrativos que recebem recursos públicos para realização de ações de interesse público.
Notícias Relacionadas
Coluna de Marcio Aith
Depois do escândalo: Tarcísio ou Ratinho Júnior, quem vai liderar a direita?
São Paulo, 19/11/2024 – A recente revelação de investigações sobre um grupo composto por militares e um policial federal acusados de planejar assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes trouxe turbulência ao cenário político brasileiro. A operação da Polícia […]
Colunista do FLJ comenta sobre investir no exterior
Saiba por que o dólar chegará a R$10 - Coluna de Bruno Corano
Nessa última semana, algo me chamou a atenção. Muitos já diziam que, na eventual vitória de Donald Trump, o dólar iria se valorizar. E, se Kamala Harris ganhasse, a moeda norte-americana iria se desvalorizar, logicamente, frente ao real. Eu não concordava e não enxergava premissas claras para essa dinâmica. Na manhã seguinte pós-eleição aqui nos […]
Fornecer informações e dados sobre a gestão pública de forma gratuita contribui para aumentar a eficiência do poder público, diminuir a corrupção e elevar a participação social. É direito do cidadão e dever do Estado. A criação e cumprimento desta Lei possibilita mais facilidade para o acesso a informações de interesse público, porém o fato de estarem disponíveis em diferentes locais e formatos, dificulta não apenas o processo de pesquisa, mas também o processo de análise.
Com a evolução constante dos algoritmos de Inteligência Artificial, ficou mais fácil centralizar as informações de diferentes fontes de dados e extrair insights mais práticos. A IA consegue ser alimentada com as informações das redes sociais, das propostas legislativas, votações, discursos, documentos de comissões, entre vários outros documentos legislativos. Mesmo quando o governo divulga a informação em apresentações ou PDF, os novos algoritmos são plenamente capazes de capturar as informações que ali se encontram e traduzir em um formato textual que permite mais facilmente buscar e correlacionar os dados.
Uma vez que a IA tem acesso a todas as informações, é possível treiná-la para tornar a informação mais prática para o leitor, permitindo que o mesmo faça questionamentos como:
- Qual o posicionamento do parlamentar X em relação ao projeto Y?
- Quais projetos que estão tramitando impactam o setor de minas e energia?
Além disso, a disseminação de desinformação e fake news têm se tornado um desafio significativo na política atual. A IA pode ser empregada para identificar e analisar padrões de desinformação, ajudando a combater a propagação de informações falsas e garantindo uma arena política mais transparente e justa.
Desse modo, tanto o profissional que atua em Relações Governamentais, quanto o cidadão comum, podem acompanhar e analisar o desempenho do governo quanto a diversos temas, tornando o uso de IA uma solução que pode ser utilizado em via de mão dupla entre os parlamentares e a população.
