Por: Gabriel Ponte
O Ibovespa iniciou a sessão desta quinta-feira em alta, impulsionado pelas ações da Vale, diante do maior avanço em duas semanas no minério de ferro na China. Os futuros de Wall Street também indicavam abertura positiva, sustentando a trajetória do índice americano.
Por volta das 13h40, o Ibovespa operava em alta de 0,96%, aos 132.056 pontos. No mesmo horário, os futuros do Dow Jones, S&P500 e Nasdaq 100 subiam 0,58%, 0,71% e 0,90%, respectivamente. Nos Estados Unidos, o Departamento de Comércio divulgou nesta manhã as leituras finais para a atividade econômica e para o núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE), ambos referentes ao terceiro trimestre.
No mercado local, as ordinárias da Vale (VALE3) eram as principais contribuidoras do Ibovespa, adicionando 593,7 pontos, e subindo 3,07%. Os futuros para maio do minério de ferro negociados em Dalian subiram 3.5%, a US$132,77 por tonelada, em meio a estoques apertados e melhores expectativas de demanda pela China.
Na sequência, as ordinárias da B3 (B3SA3) aceleravam alta, adicionando 100 pontos ao índice, avançando 2,12%. Analistas do Safra elevaram recomendação da companhia para “compra”. Em termos percentuais, as units da Klabin (KLBN11) tinham alta de 1,27%, após a companhia reportar, na véspera, a aquisição de terras e madeira em pé, que pertenciam à Arauco, por US$1,60 bilhão, em uma das maiores transações do ano.
Na ponta negativa, as ordinárias de Casas Bahia (BHIA3) lideravam as perdas entre os papéis que compõem o Ibovespa, recuando 3,11%.
Também localmente, operadores avaliavam o mais recente Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central, reportado mais cedo, no qual o BC elevou a projeção de alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, a 3,0%, ante 2,9% estimados em setembro. O relatório também reduziu a probabilidade de a inflação superar o limite superior da banda neste ano, de 4,75%, a 17%, ante 67% estimados em setembro.
Nos Estados Unidos, os futuros apontavam para uma sessão de recuperação, após as perdas da véspera, diante de renovadas apostas, pelos operadores, de reduções de juros pelo Federal Reserve a partir de 2024. Também mais cedo, o Departamento de Comércio revisou para baixo o crescimento do PIB do terceiro trimestre, na base trimestral, a 4,9%, ante 5,2% estimados na leitura anterior. O órgão também reduziu a leitura final do núcleo do PCE no mesmo período, a 2,0%, ante 2,3%.
(GP | Edição: Luciano Costa | Comentários: equipemover@tc.com.br)