Tarcísio vai assinar contrato para estudo de privatização da Sabesp (SBSP3) até o fim do mês

Segundo governador do Estado de SP, assinatura deve ocorrer até o fim do mês. O objetivo é privatizar a companhia até o fim de 2024

Agência Brasil
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Por: Bruna Narcizo

O governador do estado de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), anunciou que deve assinar o contrato para a realização dos estudos de privatização da Sabesp (SBSP3) até o final deste mês. O objetivo é privatizar a companhia até o fim de 2024.

A empresa responsável pelos estudos será a International Finance Corporation (IFC), considerada a maior instituição global de desenvolvimento voltada para o setor privado nos países em desenvolvimento e membro do Grupo Banco Mundial.

Durante um almoço-debate do Lide com a presença do ex-governador João Doria e de empresários na tarde desta segunda-feira em São Paulo, Tarcísio afirmou que a privatização da Sabesp é a grande aposta do governo estadual.

Segundo ele, a privatização do setor de saneamento pode ajudar a reduzir a tarifa da água e esgoto e aumentar o investimento no saneamento básico do estado. O governador também disse que pretende se basear no bem-sucedido modelo utilizado na privatização da Eletrobras para a Sabesp.

Além da privatização da Sabesp, Tarcísio destacou a viabilização da privatização do Porto de Santos como outra prioridade do governo estadual. O Porto de Santos é o maior porto da América Latina e um dos principais portos do Brasil, sendo responsável por cerca de 30% da movimentação de cargas do país. Para Tarcísio, a privatização do Porto de Santos pode gerar empregos e transformar a vida das pessoas.

No entanto, o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, é contra a privatização do Porto de Santos e pediu ao governador que “desapegue” da ideia. Em entrevista ao jornal Correio Braziliense, França argumentou que a privatização do porto pode prejudicar a economia local e os trabalhadores portuários.

Apesar das críticas, Tarcísio afirmou que tem trabalhado nos bastidores para convencer o governo federal da necessidade da privatização do Porto de Santos. Ele disse ter tido uma reunião “excelente” com o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), na semana passada, e que o presidente Jair Bolsonaro não tem “dogmas” em relação ao assunto.