Semana será decisiva para articulação da Reforma Tributária

Governadores passam a ser o foco das negociações

Agência Câmara
Agência Câmara

Por: Sheyla Santos

O relatório preliminar da Reforma Tributária foi apresentado, mas ainda contém pontos não acordados com governadores e secretários estaduais de Fazenda, conforme admitiu o relator do texto, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP). Durante a apresentação do substitutivo na Câmara dos Deputados, Ribeiro e o coordenador do grupo de trabalho da Reforma na Câmara, Reginaldo Lopes (PT), disseram que esta semana será decisiva para que o grupo alinhe os pontos ainda não acordados com os entes da federação.

Além da divergência em relação ao valor do Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR), no qual a União ofereceu R$40 bilhões ante os R$75 bilhões propostos pelos entes federativos, Ribeiro disse a jornalistas que ainda falta avançar em temas como o Conselho Federativo.

Segundo ele, vários governadores ainda divergem de pontos de interesse para seus estados. Sobre o início da transição federativa, também não há consenso. Enquanto os estados propõem 26 anos e um seguro, o governo propõe um seguro de 3% — percentual abaixo do pleiteado pelos estados.

A seguir, confira as notícias do mundo político que podem ter algum impacto hoje nos mercados. Para mais informações, siga a cobertura dos principais acontecimentos nos terminais Mover e TC Economatica.

MANCHETES DOS JORNAIS

Valor Econômico: Investimento em rodovias pode atingir ápice, mas gargalos limitam expansão

O Estado de S. Paulo: Pressão de big techs no Congresso por 14 dias segurou trâmite do PL das Fake News

O Globo: Crescem oferta e demanda por imóvel de até 30m2

Folha de S.Paulo: Plano Diretor de SP leva mais moradias a bairros mais caros

DESTAQUE DO DIA

O presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, recebem o presidente da Argentina, Alberto Fernández, em reunião-almoço no Palácio do Planalto

ECONOMIA

Secretários estaduais de Fazenda irão se reunir nesta segunda-feira para analisar o texto da Reforma Tributária. (Valor)

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que o governo federal irá anunciar novas medidas para a recuperação da base fiscal que irão gerar R$100 bilhões de receita adicional para 2024. Ele falou ainda sobre o alto custo da manutenção da taxa básica de juros a 13,75% calculando que “cada ponto percentual da Selic custa dezenas de bilhões de reais para a dívida pública”. (Mover)

Levantamento publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo aponta que a falta de planejamento poderá deixar o Brasil fora da corrida por hidrogênio verde, que irá se tornar commodity nos próximos dez anos. De 359 projetos anunciados no mundo, apenas um deles está no Brasil — o de Suape, em Pernambuco.(Estadão)

POLÍTICA

Diante da negativa de comandar o Ministério da Saúde, cuja ministra é Nísia Trindade, emissários do presidente Lula estariam sondando o presidente da Câmara, Arthur Lira, sobre a possibilidade de o grupo político do alagoano assumir o Ministério do Desenvolvimento Regional, hoje com Wellington Dias, aliado de Lula. A pasta é responsável pelo orçamento do Bolsa Família. (Valor)

Após encontrar documentos atrelados ao nome “Arthur” (supostamente vinculado a Arthur Lira), a Polícia Federal enviou para o Supremo Tribunal Federal (STF) a investigação envolvendo supostos desvios em robótica. O caso envolve aliados de Lira, que nega envolvimento. (Folha)

AGENDA

O presidente Lula cumpre agendas no Palácio do Planalto. Às 9h, reúne-se com os seguintes ministros: Rui Costa (Casa Civil), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral), Alexandre Padilha(Relações Institucionais), e Paulo Pimenta (Comunicação Social).

Às 12h, realiza cerimônia de recepção ao presidente da Argentina, Alberto Fernández. Às 12h15, reúne-se com Fernández e, às 13h30, almoça com o presidente argentino. Às 16h, recebe o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.

O presidente em exercício e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, não divulgou agenda de compromissos oficiais.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), cumpre agendas em Brasília. Às 12h, comparece ao Palácio do Planalto para a cerimônia de recepção do presidente da Argentina, Alberto Fernández. Às 12h15, participa de reunião e, às 13h30, almoça com Fernández.

Às 15h30, reúne-se, no Ministério da Fazenda, com parlamentares da Frente Parlamentar da Agricultura (FPA). Às 18h30, recebe o secretário de Reformas Econômicas, Marcos Pinto.