Por Machado da Costa e Simone Kafruni
O Partido Progressistas aumentou a pressão para tomar a presidência da Caixa Econômica Federal e quer trocar Maria Rita Serrano (foto) pela diretora de Finanças do Sebrae, Margarete Coelho (PP), ex-vice-governadora do Piauí, na gestão do hoje ministro Wellington Dias (PT), e ex-deputada federal pelo partido do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP).
O Centrão vem pressionando o governo por mais participação não só na Esplanada dos Ministérios, mas também em órgãos públicos com grande movimentação de recursos, como a Caixa. Margarete Coelho é indicada por Lira, que já conseguiu evitar que ela saísse da diretoria do Sebrae e, agora, deve emplacá-la na presidência do banco público.
A ex-deputada foi indicada por Lira e pelo ex-ministro e senador Ciro Nogueira ao Sebrae, em novembro de 2022, e permaneceu no cargo por pressão dos dois, mesmo com a troca da presidência da empresa em 2023, assumida pelo petista Décio Lima.
A presidente da Caixa, Rita Serrano, é alvo não só do Centrão. O próprio PT quer o cargo, mas deve ceder por conta da necessidade de garantir governabilidade no Congresso. Esta semana, o líder do PP, deputado André Fufuca, e o deputado do Republicanos Silvio Costa Filho estiveram no Palácio do Planalto para deixar clara a intenção de seus partidos de obter cargos.
O governo acatou os nomes, como disseram o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), e o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT). Mas ainda não decidiu quais pastas vai entregar. Padilha disse que apenas os ministérios ocupados por políticos estão em jogo.
Fritada, Rita Serrano conta apenas com o apoio dos movimentos sociais. No dia do lançamento do novo Minha Casa, Minha Vida, dia 13 de julho, a plateia ovacionou seu discurso e ainda fez coro: “Fica, Rita!”.
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