Por Bruno Andrade
A Petrobras (PETR4) criou uma gerência executiva de Responsabilização Disciplinar e uma gerência geral de Informações Estratégicas e Monitoramento dos Sistemas de Integridade, que deverão funcionar como corregedorias internas contra eventuais casos de corrupção e abusos, mostra documento enviado ao mercado nesta sexta-feira (06).
“Entre suas atribuições, estará a responsabilização por desvios e não conformidades, inclusive de terceiros, como fornecedores e outras pessoas jurídicas que se relacionam com a Petrobras. A nova gerência tornará ainda mais robusto o processo de aplicação da Lei Anticorrupção pela companhia”, disse a empresa.
O movimento vem após rumores de que a Petrobras iria extinguir a Diretoria Executiva de Conformidade, responsável de apurar os possíveis escândalos de corrupção, que foram negadas pela estatal. Segundo a companhia, a criação de duas novas gerências deve tornar a Diretoria de Conformidade ainda mais forte.
“Outra novidade na diretoria será a criação de uma área para tratar especificamente de denúncias relacionadas a episódios de violência no trabalho. A gerência, que será inicialmente liderada por uma mulher, atuará, por exemplo, em denúncias de casos de assédio moral, sexual e casos de discriminação”, comentou a Petrobras.
Petrobras tem alívio em pressão por combustíveis
Em paralelo, a Petrobras tem visto um alívio em pressões de investidores por um reajuste dos preços dos combustíveis, após recente queda nas margens internacionais de refino de diesel e gasolina que reduziu a diferença entre os preços praticados pela empresa no Brasil e o mercado internacional.
Segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) nesta sexta (06), a Petrobras agora está vendendo a gasolina por preço alinhado à chamada paridade de exportação, sem ágio nem deságio. Ontem, o combustível era negociado com ágio de 4%, também devido à queda nos preços internacionais do petróleo nos últimos dias.
No diesel, a defasagem entre os preços da Petrobras e os valores do mercado externo caiu para 9%, de 13% ontem. Durante a semana, a diferença de preços chegou a tocar 19%. Na última vez em que a Petrobras reajustou as cotações, em agosto, a defasagem chegou a tocar 30%.
Na sexta-feira passada (28), o petróleo Brent fechou cotado a US$95,31. Ontem (05), a commodity encerrou o pregão a US$84,07, uma queda de 11,8% no período.