Por Stéfanie Rigamonti
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, anunciou nesta segunda-feira que o preço do gás natural deve chegar ao dia 1º de maio com valor 20% menor em relação ao que era praticado em janeiro.
Durante evento da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Prates disse que em maio o preço do gás natural deve cair do atual patamar de US$13 por milhão de BTU para entre US$12 a US$9,75.
O esforço para essa redução de preço foi elogiado pelo vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), que também esteve presente no evento.
Após o evento, Prates explicou a jornalistas que essa redução de preço se dará por uma alteração da política de reajuste que leve em conta os preços praticados no exterior com a demanda local. “O preço do gás da Petrobras será o melhor preço que ela puder oferecer para capturar clientes novos, da mesma forma que os combustíveis”, declarou.
Segundo o presidente da Petrobras, a ideia é rumar para o ele chamou de “produtização” do gás natural, ou seja, criar diferentes produtos para as diferentes demandas.
Também no evento, o secretário de petróleo, gás natural e biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, Pietro Mendes, explicou que o governo está focado na industrialização do gás natural.
Pensando nisso, Mendes anunciou que o governo irá criar um Grupo de Trabalho para discutir a oferta de gás natural. Uma das formas que estão sendo estudadas de melhorar a oferta é o aumento da construção de gasodutos para melhorar a distribuição e operação do gás natural utilizando recursos da estatal Pré-Sal Petróleo SA (PPSA).
Segundo Mendes, o governo está analisando uma mudança do papel da PPSA via Projeto de Lei para poder englobar o gás natural em seu foco de atuação. Atualmente, a estatal faz a gestão dos contratos de partilha na exploração de petróleo em águas ultraprofundas, além da comercialização da parte do petróleo da União.