Moody's: Milei, presidente eleito da Argentina, enfrentará 'desafios extremos'

O Congresso argentino "dividido" deve limitar a capacidade do presidente eleito

Facebook/Milei
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Por: Gabriel Ponte

O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, enfrentará “desafios extremos” para a adoção de políticas, com resultados “altamente incertos”, avaliou a agência de classificação de risco Moody’s, em relatório a clientes nesta segunda-feira. 

Na visão da Moody’s, as medidas que Milei propôs durante sua campanha poderiam, ao longo do tempo, “lidar com desequilíbrios gritantes que atualmente prejudicam a atividade econômica, distorcem preços relativos e diminuem o poder de compra”. 

No entanto, no documento, assinado pelo vice-presidente da Moody’s Investor Service, Jaime Reusche, caso as medidas sejam implementadas, podem causar “ajuste econômico abrupto e profundo, colapsando a demanda interna e ameaçando a estabilidade financeira”.

Milei, economista ultraliberal que integra o partido “A Liberdade Avança”, venceu as eleição para a Presidência da Argentina ontem contra o então ministro da Economia e candidato governista, Sergio Massa. 

Em sua plataforma política, Milei defendia, entre outras propostas, temas como dolarizar a economia e encerrar o banco central local. 

Ainda segundo Reusche, um Congresso argentino “dividido” e a pressão social devem limitar a capacidade do presidente eleito de realizar reformas rápidas. Milei tomará posse em dezembro para quatro anos de mandato.