Por: Gabriel Ponte
O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, enfrentará “desafios extremos” para a adoção de políticas, com resultados “altamente incertos”, avaliou a agência de classificação de risco Moody’s, em relatório a clientes nesta segunda-feira.
Na visão da Moody’s, as medidas que Milei propôs durante sua campanha poderiam, ao longo do tempo, “lidar com desequilíbrios gritantes que atualmente prejudicam a atividade econômica, distorcem preços relativos e diminuem o poder de compra”.
No entanto, no documento, assinado pelo vice-presidente da Moody’s Investor Service, Jaime Reusche, caso as medidas sejam implementadas, podem causar “ajuste econômico abrupto e profundo, colapsando a demanda interna e ameaçando a estabilidade financeira”.
Milei, economista ultraliberal que integra o partido “A Liberdade Avança”, venceu as eleição para a Presidência da Argentina ontem contra o então ministro da Economia e candidato governista, Sergio Massa.
Em sua plataforma política, Milei defendia, entre outras propostas, temas como dolarizar a economia e encerrar o banco central local.
Ainda segundo Reusche, um Congresso argentino “dividido” e a pressão social devem limitar a capacidade do presidente eleito de realizar reformas rápidas. Milei tomará posse em dezembro para quatro anos de mandato.