Ministro do Trabalho diz que contribuição sindical será estudada junto a centrais

Luiz Marinho detalhou movimentação do governo sobre o tema

Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Por Sheyla Santos

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT), falou nesta quarta-feira (30) sobre o polêmico plano do governo para restituir a contribuição sindical obrigatória. Segundo ele, ainda não há nada decidido e o governo buscará entendimento junto às centrais sindicais.

“As centrais sindicais falam em contribuição negocial, definida em assembleia”, observou o ministro.

As declarações de Marinho em uma coletiva de imprensa realizada hoje após a publicação dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) revelaram a abordagem cautelosa do governo em relação ao tema. Matérias recentes dão conta de que há a possibilidade de o governo patrocinar um projeto de lei para estabelecer uma contribuição sindical anual equivalente a três dias de trabalho.

Na coletiva, Marinho destacou que o governo não está atualmente elaborando nenhuma proposta, mas sim buscando discutir o tema com as centrais sindicais “em busca de um entendimento”.

Marinho ressaltou a importância da capacidade dos sindicatos em defender interesses de trabalhadores e afirmou que considera o debate sobre a contribuição de associações trabalhistas como uma questão ligada à democracia. O ministro também criticou o patamar dos juros brasileiros, que, segundo ele, “atrapalham a retomada da economia”.