Por: Patricia Lara
A forte queda do minério de ferro e da soja contribuiu para trazer a deflação mais acentuada da série histórica ao Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), o subgrupo de maior peso dentro do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M).
Divulgado nesta manhã pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o IPA-M cedeu 2,72% em maio, após queda de 1,45% em abril. “A deflação registrada no índice ao produtor (-2,72%), a maior de sua série histórica, foi influenciada pela redução dos preços de cinco grandes commodities, que juntas, respondem por aproximadamente 1/4 do peso total do IPA”, afirmou André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
Entre essas grandes commodities, os preços do minério de ferro aceleraram a deflação de -4,41% para -13,26% e a soja, de -9,34% para -9,40%. Entre as matérias-primas que tiveram queda, o milho foi um dos destaques com baixa de 15,64%, enquanto os preços de bovinos tiveram deflação de 3,34%.
O IPA tem peso de 60% na composição do IGP-M.
O IGP-M caiu 1,84% em maio, após queda de 0,95% no mês anterior. O consenso apontava deflação de 0,45%. O índice pesquisa preços em Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador.
Entre os outros grupos do IGP-M, o movimento foi de aceleração. O subgrupo do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,48% em maio, ante a variação de 0,46% do mês anterior. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,40% em maio, ante 0,23% em abril.