Por Arthur Horta
O Méliuz (CASH3) deve distribuir o valor arrecadado com a venda da plataforma de “banking as a service” Bankly em forma proventos a seus acionistas, disse nesta quarta-feira o diretor de Relações com Investidores da fintech especializada em serviços de compra, Marcio Penna.
O Méliuz deve concluir a venda do Bankly ao Banco Votorantim ainda neste mês e, segundo Penna, “tudo indica” que o valor recebido será convertido em proventos. A decisão “ainda depende de aprovações internas”, pontuou o executivo em teleconferência de resultados do quarto trimestre.
A transação foi anunciada no fim do ano passado por R$210 milhões mais ajustes pela inflação até a conclusão do negócio. Caso convertido em dividendo extraordinário, o valor corresponde a um rendimento de aproximadamente 25%, disse o analista e gestor do Viburnum Clube de Investimentos, Rafael Freitas, em um perfil nas redes sociais.
A venda deve ser aprovada pelo Banco Central e, a partir daí, toda a operação de serviços financeiros do Méliuz será feita pelo BV.
Segundo Penna, o Méliuz focará em zerar a queima de caixa ao longo deste ano.
Ainda na teleconferência, o diretor-presidente da fintech, Israel Salmen, descartou impactos negativos sobre o volume bruto de mercadorias (GMV) da companhia devido ao fim da parceria com a Americanas, uma vez que “outros parceiros compensaram o negócio”.
Perto das 12h15, as ações ordinárias do Méliuz avançavam 5,56% na B3, a R$0,95. No ano, os papéis recuam cerca de 20%.