Por Simone Kafruni
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), descartou colocar o arcabouço fiscal em votação nesta semana e se reunirá esta noite com o relator do Projeto de Lei Complementar do novo marco fiscal, deputado Claudio Cajado (PP), para definir o cronograma da votação. A expectativa é votar o PLP 93/2023 até 31 de agosto.
A decisão foi tomada após reunião com líderes partidários na Residência Oficial da Câmara nesta tarde. Uma fonte presente no encontro afirmou à Mover que Lira argumentou não haver pressa, uma vez que a Lei de Diretrizes Orçamentárias, que depende do novo marco fiscal, pode ser aprovada até o dia 31 de agosto.
“Ele [Lira] afirmou que as mudanças feitas pelo Senado precisam ser mais discutidas. Hoje à noite se reunirá com o relator Claudio Cajado”, disse a fonte, que pediu que seu nome não fosse citado.
Também presente na reunião, o líder da Oposição, deputado Carlos Jordy (PL), afirmou que nesta semana só entrarão no plenário as chamadas “pautas de consenso”. “Serão pautados apenas requerimentos de urgência e projetos sem problemas”, destacou.
Nos bastidores, contudo, a demora na decisão de votar o marco fiscal é tida como uma forma de pressionar o Executivo a decidir pela reforma ministerial, que deve ampliar a participação do Progressistas, partido de Lira, no governo. O Republicanos também está pleiteando um ministério.