Juros curtos sobem após tom do Copom mais duro que o esperado

Por volta das 9h30, os DIs com vencimentos em jan/24 subiam 5,5 pontos bases

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Por: Fabricio Julião

As taxas dos contratos de juros futuros operavam em direções opostas nos primeiros negócios desta quinta-feira, um dia após a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). O BC divulgou ontem à noite um comunicado para justificar a manutenção da Selic em 13,75%, considerado mais duro que o esperado pelo mercado em relação ao afrouxamento da política monetária. Com isso, os vértices curtos subiam nesta manhã, enquanto os longos perdiam prêmio de risco e seguiam o movimento de queda das últimas semanas.

Por volta das 9h30, os DIs com vencimentos em jan/24 e jan/25 subiam, respectivamente, 5,5 pontos-base e 4,0 pbs, a 13,08% e 11,15%. Já as taxas dos contratos para jan/29 e jan/31 recuavam 4,0 pontos-base e 6,0 pbs, a 10,76% e 10,95%.

Segundo economistas consultados pela Mover, o Banco Central segue com o seu objetivo de manter a Selic em um patamar elevado por um período prolongado para fazer convergir a inflação à meta. “Acreditamos que a estratégia do Copom é manter as taxas estáveis por mais algum tempo ou iniciar um afrouxamento monetário gradual em breve”, afirmou o economista-chefe da XP, Caio Megale.

O dólar tinha pouca variação nos primeiros negócios desta quinta-feira, rondando perto da estabilidade. A moeda americana perde força frente ao real com o carry alto e a taxa de câmbio refletindo a atratividade do país com as melhores perspectivas econômicas.

Por volta de 9h30, o dólar americano caía 0,11%, a R$4,7585, renovando o menor patamar da moeda desde junho de 2022.