Itaú BBA elege Hapvida como preferida no setor de saúde; ações sobem

Empresa tem um "ponto de entrada atraente", na visão dos especialistas

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Por Ana Luiza Serrão

As ações da Hapvida (HAPV3) operavam em alta nesta terça-feira (12) na B3, após o Itaú BBA divulgar um relatório elevando projeções para a maior empresa de saúde suplementar do Hemisfério Sul e colocando-a como a preferida entre rivais no setor.

Por volta das 16h03, as ON da Hapvida subiam 3,38%, a R$4,59, enquanto o Ibovespa avançava 0,77%, aos 117,7 mil pontos. Apesar da alta de 7,98% acumulada neste mês, a ação da companhia cai 9,45% desde o início do ano, e 43,54% nos últimos 12 meses. O papel encerrou o pregão em alta de 1,60%, aos R$ 4,44.

Para a equipe de analistas comandada por Vinicius Figueiredo, o desempenho negativo dos papéis nos últimos meses pode representar um “ponto de entrada atraente para investidores”. Em relatório, o time do BBA recomendou a “compra” das ON e elevou o preço-alvo do papel para R$6 no fim deste ano, e para R$7 ao final de 2024.

A maior operadora de planos de saúde do Brasil negocia com múltiplo dado pela relação de preço e lucro (P/E) de 14 vezes em 2024, e de 10 vezes em 2025, o que o Itaú BBA considera um nível descontado e um valor atraente.

“A empresa está ajustando sua rede de prestadores de serviços, transferindo credenciamentos de hospitais terceirizados para provedores mais econômicos ou sua própria rede. Isso pode incorrer temporariamente em custos duplicados, mas todos esses ajustes têm como objetivo melhorar a lucratividade a longo prazo”, acrescentou o time do banco.

A Hapvida deve fornecer ainda produtos mais acessíveis por meio de controle de custos eficiente, segundo o Itaú BBA, que também citou o ritmo de expansão do ticket médio da empresa acima do esperado, o que resultou na melhora da sinistralidade e em resultados do segundo trimestre que mostraram tendências mais positivas que o esperado.

Para o BBA, a normalização da sinistralidade deve apoiar a expansão da margem EBITDA nos próximos 12 meses, assim como ganhos de eficiência em despesas, especialmente após sinergias advindas da fusão da Hapvida com o Grupo NotreDame Intermédica (GNDI).