Por Eduardo Puccioni
O setor industrial brasileiro apresentou retração em janeiro ante dezembro em linha com o esperado pelo mercado, puxado, principalmente, pelas atividades de produtos farmoquímicos e farmacêuticos, veículos automotores e reboques e carrocerias.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor industrial apresentou variação negativa de 0,3% em janeiro ante dezembro, com consenso apontando para o mesmo recuo. Na comparação anual, a produção avançou 0,3%, ante expectativa de crescimento de 1,3%.
“Embora a produção industrial tenha mostrado alguma melhora de comportamento no fim do ano, uma vez que marcou saldo positivo nos últimos meses de 2022, inicia o ano de 2023 com perda na produção, e permanece longe de recuperar as perdas do passado recente”, explicou o gerente da pesquisa, André Macedo.
No resultado de janeiro, três das quatro grandes categorias econômicas e 11 dos 25 ramos pesquisados mostraram recuo na produção.
Entre as atividades, as influências negativas mais importantes foram: produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-13,0%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,0%), produtos alimentícios (-2,1%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,5%).
Por outro lado, entre as 14 atividades em crescimento, indústrias extrativas, ao avançar 1,8%, exerceu o principal impacto, de acordo com o IBGE, e interrompeu dois meses consecutivos de queda, período em que acumulou redução de 7,7%.
O IBGE destacou também, na comparação com janeiro de 2022, que o setor industrial assinalou avanço de 0,3% em janeiro de 2023, com resultados positivos em duas das quatro grandes categorias econômicas e 9 dos 25 ramos.