Por: Luca Boni
O Ibovespa inicia a sessão desta terça-feira em queda, ensaiando um movimento de correção, com a maioria dos ativos no negativo. As ações da Vale e dos grandes bancos pesam sobre o índice. Investidores seguem à espera da decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central que inicia sua reunião de dois dias hoje.
Por volta das 10h30, o Ibovespa recuava 0,38% aos 119.404 pontos. O volume de negócios projetado para hoje é de R$17,4 bilhões, abaixo da média de 50 pregões.
As ON da Vale recuam 1,99%, sendo a principal detratora do índice, em linha com a queda de 0,9% do contrato futuro do minério de ferro negociado na bolsa chinesa de Dalian. A commodity foi pressionada pela frustração dos investidores com a magnitude do corte nas taxas de juros na China.
As ações dos grandes bancos também pressionavam o índice. As PN do Itaú, do Bradesco, as ON do Banco do Brasil caíam 0,71%, 0,23% e 0,75% respectivamente, figurando entre as maiores perdas por pontos.
As ON da Locaweb, da Rede D’or e as PNA da Braskem avançavam 2,64%, 1,35% e 1,65%, na mesma ordem, figurando entre os destaques negativos.
Na ponta oposta, destaque para as ON da JBS que ganhavam 2,48%, liderando as altas percentuais. A maior fabricante de alimentos do mundo aprovou a distribuição de R$2,22 bilhões em dividendos, correspondentes a R$1,00 por ação.
Entre as maiores altas percentuais figuravam as Units do BTG Pactual, com avanço de 1,87%.
Hoje, acontece o primeiro dia de reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom). Na quarta-feira, o colegiado baterá o martelo sobre o patamar da taxa básica de juros. Segundo o TC Consenso, é unânime no mercado que o BC manterá a Selic em 13,75% ao ano, mas o comunicado deve indicar quando os cortes deverão começar, já na reunião de agosto – como espera o mercado – ou mais para frente.
A expectativa com o andamento das políticas fiscais e monetárias tem agradado os investidores e nesta manhã, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), do Senado Federal, aprecia o texto do arcabouço fiscal que já conta com 71 emendas. Conforme noticiado no Scoop by Mover, o relator do texto, senador Omar Aziz, (PSD) terá um dia desafiador hoje ao buscar flexibilizar parte do texto e, ao mesmo tempo, garantir que os afrouxamentos não custem a sustentabilidade do marco fiscal.