Ibovespa (IBOV) sobe com ajuste antes do feriado de Tiradentes

O governo anunciou um pacote de medidas de créditos para o mercado de capitais

B3/Divulgação
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Por Luca Boni

O Ibovespa (IBOV) encerrou a sessão desta quinta-feira em alta, destoando do exterior, com investidores ajustando posições após a forte queda registrada ontem, uma agenda de indicadores econômicos esvaziada e o feriado de Tiradentes amanhã, quando os mercados brasileiros estarão fechados. Investidores também repercutiram anúncios do governo.

O Ibovespa fechou em alta de 0,44%, a 104.366 pontos, tendo atingido o patamar dos 103 mil pontos na sessão. O pregão de hoje foi marcado por um volume de negociação de R$18,7 bilhões, considerado mediano. Na semana, o índice acumulou queda de 1,80%.

O governo federal anunciou nesta manhã um pacote de medidas estruturais de crédito concentradas no mercado de capitais, crédito bancário e seguros. Segundo o secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto, a ideia é ter um mercado de dívidas no Brasil tão robusto quanto o bancário. As medidas também visam tornar a economia brasileira mais eficiente na área social.

Segundo o economista da GT Capital, Rodrigo Azevedo, investidores reagiram bem às medidas anunciadas pelo governo, que impulsionaram as ações de estatais e de bancos, além de empresas dos setores de Saúde, Educação e Seguros.

As ON da Hapvida e Rede D’Or subiram 9,75% e 3,65%, respectivamente. O índice de Consumo da B3 avançou 1,80%.

Na ponta oposta, as PNA da Usiminas caíram 3,62% e lideraram as quedas percentuais do Ibovespa. A siderúrgica reportou lucro líquido acima do consenso Mover no primeiro trimestre, beneficiada pelo cenário favorável de custos entre janeiro e março. No entanto, em teleconferência, executivos da empresa demonstraram pouco otimismo para o segundo trimestre.

As ON da Vale caíram 2,09% e lideraram as perdas por pontos do índice, após a queda de 2,62% do minério de ferro na bolsa chinesa de Dalian na última madrugada.

Nos Estados Unidos, as bolsas caíram, pressionadas pela divulgação de balanços do primeiro trimestre ruins e abaixo do esperado, como o da Tesla. Outro fator que corroborou para piorar o clima por lá foram declarações de membros do Federal Reserve reforçando a postura mais dura do banco central americano.