Ibovespa abre em queda puxada por ações da Vale (VALE3)

O volume de negócios projetado para hoje é de R$16,4 bilhões

B3/Reprodução
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Por: Luca Boni

O Ibovespa iniciou a sessão desta segunda-feira em leve queda. De um lado, o índice encontra suporte nas ações dos bancos, embora siga pressionado pela Vale, após sinais de enfraquecimento na economia chinesa. Investidores aguardam com cautela os dados de inflação ao consumidor no Brasil e nos Estados Unidos, que serão divulgados ao longo da semana.

Por volta das 10h20, o Ibovespa recuava 0,29%, aos 118.391 pontos. O volume de negócios projetado para hoje é de R$16,4 bilhões, abaixo da média de 50 pregões.

A agenda econômica inicia a semana fraca e investidores aguardam com cautela os dados de inflação aqui no Brasil, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que sai na terça-feira. “O índice deve mostrar uma deflação no mês de junho, mas com variação bem próxima da estabilidade. Nossa estimativa é de uma queda de 0,03%”, avalia a Guide Investimentos.

Investidores também aguardam a divulgação de dados de inflação a consumidor nos EUA (CPI, na sigla em inglês), na quarta-feira, que servirão de base para o mercado conseguir calibrar suas expectativas para a próxima reunião do Federal Reserve em julho.

Entre as ações, as ON da Vale recuam 1,62%, sendo as maiores detratoras do Ibovespa. Os papéis da mineradora caem em linha com os contratos futuros do minério de ferro, que recuaram mais de 3% na bolsa de Dalian, na China, pressionados pelos dados mais fracos de inflação no gigante asiático. Em Qingdao, a queda do minério foi de 2,45%.

Figuravam entre as maiores quedas percentuais até agora as ON da Magazine Luiza, as da Cielo e as da CSN que cediam 3,46%, 3,01% e 2,75%, respectivamente.

Na ponta oposta, as ON da Ambev avançavam 3,37%, sendo a maior contribuidora por pontos do índice. As ações projetam um volume 577% acima da média de 50 pregões.

Os investidores ainda repercutem o corte na projeção para a inflação para este ano, segundo o Boletim Focus. A projeção para o IPCA de 2023 foi de 4,98% para 4,95%, mantendo-se igual para os próximos três anos. Foi a oitava vez consecutiva que os economistas cortaram a projeção para o IPCA neste ano.