Por: Machado da Costa
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), destacou o compromisso do governo Lula em relação à transição para uma economia sustentável e à promoção da integração global por meio da cooperação dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
Em seu discurso na abertura do Fórum Empresarial dos BRICS, em Johanesburgo, na África do Sul, Haddad abordou uma série de tópicos, com ênfase particular nos objetivos do Brasil.
O ministro ressaltou a aprovação da reforma tributária na Câmara dos Deputados, um passo crucial para combater uma das principais barreiras à economia brasileira. A simplificação do sistema tributário, há muito tempo exigida pelos investidores estrangeiros, pode ser um fator de atração de investimentos, segundo Haddad. O novo sistema tributário encontra-se agora no Senado, caminhando para sua promulgação ainda neste ano.
Além disso, Haddad salientou a reorientação das políticas ambientais do Brasil, que agora se alinham mais estreitamente com as metas globais de combate às mudanças climáticas. Ele citou a nomeação da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), como um posicionamento importante do governo Lula.
Segundo ele, a energia limpa desempenha um papel fundamental nas ambições do Brasil. Com uma matriz energética composta principalmente por fontes renováveis, como hidrelétricas, energia solar e eólica, o país busca se tornar uma referência global em energia verde. Investimentos em biodiesel, diesel verde e hidrogênio verde são evidências concretas do compromisso do Brasil em ser um produtor e exportador de itens produzidos com energia limpa.
No contexto internacional, Haddad argumentou que os BRICS têm um papel crucial a desempenhar. O ministro defendeu a valorização do multilateralismo e da diversidade cultural, além de destacar a necessidade de distribuir oportunidades de desenvolvimento de maneira mais equitativa em todo o mundo. Ele enfatizou a importância de os BRICS unirem forças para influenciar os organismos internacionais, garantindo que as potências emergentes desempenhem um papel fundamental na definição da dinâmica econômica, social e política global.