Por Bruno Andrade
A Azul (AZUL4) e a Gol (GOLL4) concluíram suas reestruturações de dívidas, em movimentos importantes para endereçar preocupações do mercado quanto ao endividamento das aéreas, segundo comunicados divulgados pelas empresas ao mercado em 1 e 2 de outubro.
A Azul afirmou que fez a reestruturação de dívidas com a maior parte dos arrendadores de aviões e fabricantes de peças. Como parte do processo, emitiu US$370 milhões em títulos de dívida sem garantia, com vencimento em 2030 e rendimento de 7,5%. Os credores também aceitaram receber US$570 milhões em ações preferenciais da Azul, precificadas a R$36 cada. Esses papéis deverão ser emitidos entre o primeiro trimestre de 2024 e 2027.
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Já a Gol afirmou que finalizou a conversão de US$1,2 bilhão em senior secured notes com vencimento para 2028 por títulos conversíveis em ações. O credor da nota é a Abra Global Finance, controladora da aérea. Os títulos poderão ser pagos em dinheiro no vencimento, ou permutados por 991,95 milhões de ações preferenciais da aérea.
Os avanços de Azul e Gol na reestruturação de dívidas vêm apoiando o desempenho das empresas na bolsa, uma vez que essa era uma das maiores preocupações do mercado com as duas empresas. O anúncio das negociações foi realizado entre o fim do ano passado e o início deste ano. No acumulado de 2023, as ações da Azul sobem 40,58%, enquanto os papéis da Gol avançam 21,28%.
