Dólar e DIs recuam com expectativa por aprovação do arcabouço fiscal na Câmara

Confira o fechamento da moeda norte-americana e dos juros nesta terça (22)

Unplash
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Por Fabricio Julião

O dólar e as taxas dos contratos de juros futuros recuaram nesta terça-feira (22), à espera da votação do marco fiscal na Câmara dos Deputados, após alguns adiamentos nas últimas semanas. A confirmação da inclusão da pauta do arcabouço no plenário da Casa no meio da tarde de hoje impactou os mercados.

Os DIs com vencimentos em jan/24 e jan/25 caíram 1,5 ponto-base e 7,5 pbs, respectivamente, a 12,42% e 10,54%. Já os DIs para jan/27 e jan/31 tiveram queda de 10,0 pbs e 7,0 pbs, na mesma ordem, a 10,38% e 11,19%.

O movimento de queda dos vértices perdurou por toda a sessão, tendo contado também com a colaboração dos rendimentos dos títulos do Tesouro americano, que operaram perto da estabilidade. Perto das 17h00, os Treasury yields de dez anos caíam 1,2 ponto-base, a 4,330%.

Na cena local, o mercado alimentou perspectivas favoráveis sobre o avanço do novo marco fiscal em Brasília desde cedo. Durante a tarde, o relator do projeto na Câmara, deputado Cláudio Cajado (PP), afirmou a jornalistas que líderes partidários decidiram acatar as alterações do Senado no texto, e que a pauta estará no plenário da Casa ainda hoje.

A notícia animou investidores e resultou também na alta do Ibovespa e no recuo da taxa de câmbio. O real foi a moeda com o melhor desempenho ante o dólar hoje, seguida pelo peso mexicano e pelo iene japonês, que fechava o pódio entre as divisas acompanhadas pela Mover.

Ao fim da sessão, o dólar à vista caiu 0,84% ante o real, a R$4,9372.

“O movimento de hoje não reflete um dólar desvalorizado, apesar da alta do real. A moeda americana vem se apreciando em comparação com pares mais sólidos, como o euro e a libra, mas está cedendo para as divisas emergentes, como Brasil e México. Isso passa pela percepção de que a China deve melhorar sua economia até o fim do ano e, assim, favorecer os países dependentes de commodities”, explicou o diretor de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik.

Em uma cesta de 22 moedas acompanhada pela Mover, o dólar avançava diante de 17, por volta das 17h00. O Índice DXY refletia a força da moeda americana no exterior, com alta de 0,29% no mesmo horário, aos 103.620 pontos.