Dólar e DIs caem com desaceleração na atividade americana; China e agenda local seguem no radar

Acompanhe o fechamento da moeda norte-americana e dos juros nesta terça (29)

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Por Fabricio Julião

O dólar e as taxas dos contratos de juros futuros fecharam em queda nesta terça-feira (29). Investidores voltaram a ter apetite ao risco após sinais de desaceleração do mercado de trabalho americano e o anúncio de novos estímulos na economia da China.

Ao fim da sessão, o dólar à vista caiu 0,41%, a R$4,8556. Por volta das 17h, o Índice DXY recuava 0,27%, aos 103.699 pontos. No mesmo horário, moeda americana perdia fôlego no exterior e cedia diante 19 de 22 divisas acompanhadas pela Mover.

O bom humor dos investidores também atingiu a bolsa de valores e colaborou para a perda de fôlego do dólar ante o real, com a maior entrada de fluxo estrangeiro.

Nos EUA, as ofertas de emprego medidas pelo relatório Jolts atingiram 8,83 milhões em julho, abaixo dos 9,46 milhões esperados pelo consenso. Já o índice de confiança do consumidor da Conference Board atingiu 106,1 pontos em agosto, também abaixo da projeção de 116 pontos. Os dados aumentaram as apostas no fim do ciclo de altas nos juros americanos, o que animou o mercado.

Pela manhã, a China anunciou novas medidas para aquecer a economia, entre elas a queda dos juros de financiamento imobiliário cobrados por bancos do país, e a redução pela metade do imposto sobre as transações no mercado de ações.

As taxas de contratos de juros futuros por aqui também fecharam em queda, refletindo o o desaquecimento do mercado de trabalho americano. As apostas no fim do ciclo de alta das Fed Funds levou os DIs a reverterem a oscilação com viés de alta no início da sessão.

Os DIs com vencimentos em jan/24 e jan/25 recuaram 1,5 ponto-base e 5,5 pbs, respectivamente, a 12,39% e 10,47%. Já os vértices para jan/27 e jan/31 tiveram baixa de 9,5 pbs e 9,0 pbs, a 10,11% e 10,86%.

O Tesouro anunciou hoje que a dívida pública federal atingiu R$6,142 trilhões em julho, um recuo de 0,80% na comparação mensal. Em meio à busca pelo controle das contas públicas, o governo busca meios de aumentar a arrecadação para controlar a dívida nos próximos anos.