Por Fabricio Julião
As taxas de contratos dos juros futuros fecharam em baixa nesta segunda-feira (28), enquanto o dólar encerrou perto da estabilidade. Os DIs reverteram os ganhos vistos em boa parte da sessão refletindo a baixa acentuada no rendimento das Treasuries nos Estados Unidos e as falas do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto.
Os DIs com vencimentos para jan/24 recuaram 0,5 ponto-base, a 12,40%, enquanto os para jan/25 fecharam estáveis, a 10,52%. Já os vértices para jan/27 e jan/31 tiveram queda de 3,0 pbs e 5,0 pbs, respectivamente, a 10,20% e 10,95%.
A curva dos DIs iniciou o dia em alta devido à cautela dos investidores, que ajustaram posições neste início de semana que será decisiva no Congresso Nacional e com indicadores importantes no mundo. No entanto, o rendimento das Treasuries americanas passou a cair de modo mais acentuado no fim do dia, o que puxou os vértices por aqui.
Por volta das 17h, os títulos do Tesouro dos EUA de dez anos e dois anos operavam em baixa de 3,9 pbs, a 4,200% e 5,041%, respectivamente.
Notícias Relacionadas
Juros pós-Copom
Curva de juros dispara após Copom, com mercado pressionando por novas altas
São Paulo, 19/9/2024 – Os vértices da curva de juros disparavam mais de 27 pontos-base nesta quinta-feira, em reação ao comunicado da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), com operadores pressionando o colegiado por novas altas da Selic e aceleração do ritmo de aperto, enquanto agentes de mercado também citavam preocupações fiscais embutidas no […]
Em linha com previsto pelo mercado
Copom eleva Selic em 25 pbs, a 10,75%; ritmo de ajuste dependerá da ‘dinâmica da inflação’
São Paulo, 18/9/2024 – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira elevar a taxa básica de juros, a Selic, em 25 pontos-base, a 10,75% ao ano, em decisão unânime e em linha com o previsto pela maior parte do mercado, pontuando que o ritmo de ajustes futuros na taxa básica […]
Parte do mercado considerou o tom das falas do presidente de Campos Neto mais suave. O banqueiro central declarou, em evento da Warren nesta tarde em São Paulo, que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor 15 (IPCA-15) de agosto veio dentro do esperado, e destacou que o núcleo dos preços de serviços “até que não veio ruim”.
“Campos Neto fez um discurso cauteloso, como sempre, mas disse que o cenário inflacionário está melhor. Foi um discurso mais suave, otimista com os esforços do governo na área fiscal”, afirmou o economista-chefe da Mirae Asset, Julio Netto.
O dólar fechou em leve alta. Segundo o diretor de câmbio da Correparti, a moeda americana ganhou terreno com a cautela dos investidores em semana de “agenda forte”, com as atenções voltadas às divulgações do Payroll e do Índice de Preços das Despesas de Consumo Pessoal (PCE) nos Estados Unidos.
Ao fim da sessão, o dólar fechou em alta de 0,01%, a R$4,8755.
“Para evitar maiores riscos, os agentes de mercado estão mantendo a atenção no noticiário político, na disputa pela Ptax que começará a esquentar na quarta-feira, e na série de indicadores a serem divulgados”, destacou o head de câmbio da B&T Câmbio, Diego Costa.
