Por Patrícia Lara
A economia brasileira em dezembro teve crescimento de 0,29% em base mensal, conforme o Índice de Atividade Econômica o Banco Central (IBC-Br). Em todo ano de 2022, o IBC-Br mostrou expansão de 2,90%.
O indicador mensal ficou acima do consenso das projeções que era de 0,1%. No comparativo com dezembro de 2021, o dado teve alta de 1,42%, ante o consenso de 1,4%
Conhecido como uma espécie de “prévia do BC” para o Produto Interno Bruto (PIB), o IBC-Br serve mais precisamente como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.
O Santander avalia que a receita real com serviços foi o destaque dentro do IBC-Br, apresentando alta de 3,1% no comparativo mensal. A produção industrial permaneceu estável, mantendo-se praticamente no mesmo nível de setembro. As atividades relacionadas a bens apresentaram desempenhos divergentes, com as vendas do varejo ampliado subindo 0,4% na comparação mensal, enquanto o núcleo do índice caiu 2,6% em igual comparativo.
“Estamos mantendo nossa estimativa de PIB para o quarto trimestre de 2022 em queda de 0,2% anual. Para o ano, projetamos um crescimento da economia de 2,9% e de 0,8% para 2023”, explicou o Santander.
Os analistas do banco afirmaram ainda que “projetamos desaceleração da demanda doméstica e dos componentes cíclicos da oferta, decorrentes principalmente da esperada recessão global e dos efeitos de uma política restritiva do Banco Central, mas também esperamos forte crescimento da produção agrícola não cíclica, refletindo uma previsão de alta histórica para a safra de grãos”, finalizaram.