Dólar sobe após decisões do Copom e Fed

Por volta das 11h, o dólar subia 0,43%, a R$ 5,04 na venda

Pixabay
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Por Patricia Lara

As taxas dos contratos de juros futuros têm leve queda na manhã desta quinta-feira, prolongando o recuo acentuado da sessão de ontem. O movimento ocorre em ajuste à mensagem de ontem do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que segue vigilante com o compromisso de garantir a convergência da inflação para a meta, mas manteve as projeções inalteradas e trouxe alguns acenos mais brandos, indicando que é menos provável uma retomada da alta da taxa básica de juros.

Por volta das 11h, o dólar subia 0,43%, a R$ 5,04 na venda após encerrar ontem em queda de 1,06%. Os futuros da moeda americana na B3 e do Ibovespa caem levemente em dia movimentado por reação residual ao aumento da taxa de juros nos Estados Unidos ontem, além da continuidade da preocupação com os bancos regionais americanos.

Os DIs com vencimento em Jan/25 e Jan/31 recuavam 4 pontos-base e 1 ponto-base, a 11,82% e 12,13%, respectivamente, perto das 09h15. Na véspera, eles encerraram em queda de 11 pontos-base e 18 pbs, a 11,87% e 12,14%, respectivamente.

Ao manter a taxa básica de juros Selic em 13,75% ontem pela sexta reunião seguida, o Copom emitiu um comunicado em que manteve em 5,8% as estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para este ano em seu cenário de referência. Também foi mantida a projeção para 2024 em 3,6%. Mas o BC suavizou o tom, ao afirmar no comunicado que a retomada da elevação dos juros é um cenário “menos provável”, ainda que não tenha descartado a hipótese. Sobre o arcabouço fiscal, destacou uma “incerteza ainda presente” sobre o desenho final a ser aprovado pelo Congresso.

No mercado de commodities, o minério de ferro encerrou a sessão na Bolsa chinesa de Dalian com desvalorização de 2,31%, a US$100,88 por tonelada, na volta do feriado no país asiático. A queda de preço acontece após a divulgação do Índice Caixin dos Gerentes de Compra do setor industrial na China, que caiu de 50 pontos para 49,5 pontos em abril, ficando abaixo de 50 pontos, patamar que divide um quadro de expansão da atividade da contração. Já o contrato do petróleo Brent encontra o caminho de uma recuperação após três quedas sucessivas, rondando os US$73 o barril.