Por Fabricio Julião
O dólar fechou em queda ante o real nesta segunda-feira (18), com a divisa brasileira avançando em linha com as recentes revisões de crescimento do país. As taxas dos contratos de juros futuros oscilaram perto da estabilidade, em dia de agenda esvaziada, com investidores à espera das decisões de política monetária no Brasil e Estados Unidos desta quarta-feira. Ao fim da sessão, o dólar recuou em baixa de 0,31%, a R$4,8564.
O real seguia o movimento de valorização da semana passada e figurava entre as divisas com melhor desempenho do dia em uma cesta de 23 moedas acompanhada pela Mover. As expectativas sobre o crescimento da economia brasileira acima do esperado agradaram investidores e se refletiram na alta do Ibovespa durante boa parte do dia, com a entrada de fluxo estrangeiro no país.
Mais cedo, o Banco Central divulgou o boletim Focus semanal com revisões do Produto Interno Bruto (PIB). Para este ano, a estimativa subiu de 2,64% para 2,89%, enquanto a expectativa para 2024 avançou de 1,47% para 1,50%. O governo federal também elevou nesta segunda-feira a projeção para o PIB deste ano, de 2,5% para 3,2%.
As taxas dos contratos de juros futuros encerraram sem direção única, com a cautela de investidores, que aguardam as decisões da “Superquarta”, em que o Federal Reserve e o Banco Central do Brasil anunciarão os novos patamares das taxas de juros de seus países. Nos EUA, espera-se a manutenção da taxa-alvo entre 5,25% e 5,50%, enquanto, por aqui, a expectativa é de corte de 50 pontos-base na taxa Selic, segundo o TC Consenso.
Também serão divulgadas nesta semana as taxas de juros do Japão e da China. O Japão deve manter os juros negativos em 0,1% na sexta-feira, mas o mercado aguarda o comunicado do Banco do Japão (BoJ), que pode sinalizar uma mudança nos rumos da política monetária do país. Sobre a China, agentes financeiros observam o anúncio de possíveis novos incentivos para a retomada da segunda maior economia do mundo.
No Brasil, os DIs com vencimentos em jan/24 fecharam em queda de 1,0 ponto-base, a 12,28%, enquanto os para jan/25 e jan/25 subiram 1,5 pbs e 1,0 pb, respectivamente, a 10,44% e 10,34%. Já o vértice para jan/31 recuou 2,0 pbs, a 11,20%.