Por Fabricio Julião
As taxas de contratos de juros futuros subiam nos primeiros negócios do dia, após piora nas expectativas de inflação de curto prazo, enquanto o dólar cedia frente ao real, com o exterior positivo. Agentes financeiros aguardam a entrega do relatório do novo arcabouço fiscal ao Congresso nesta semana, com expectativas de que a nova regra seja mais rígida em relação à apresentada originalmente.
Por volta de 9h20, o dólar à vista caía 0,39% frente ao real, a R$4,9029. Já o dólar futuro recuava 0,38%, negociado a R$4,922.
O movimento do dólar reflete a menor aversão a risco dos investidores, o que contrasta com alta de moedas de países emergentes, como o peso mexicano e o iuane chinês, e de países desenvolvidos, como o euro e a libra esterlina. Na esteira do apetite ao risco, o Ibovespa futuro operava em alta e chegou a atingir os 110 mil pontos na abertura.
Já os DIs tinham alta generalizada no mesmo horário, após percepções do mercado de que a inflação deve permanecer na casa dos 6% até o fim do ano. Segundo o boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, agentes do mercado esperam que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fique em 6,03% em 2023, ante previsão de 6,02% na pesquisa anterior.
Com a precepção de inflação ainda persistente, ganha força a hipótese de que os juros continuarão no patamar de 13,75% por mais tempo, com o Banco Central não dando sinalizações de um corte da Selic em breve. Esse sentimento impulsiona a curva dos DIs para cima, que também deve ser impacatada pelas notícias referentes ao novo arcabouço fiscal esta semana.