DIs caem levemente com deflação ao produtor nos EUA

Mercado continua monitorando as possíveis sinalizações do Banco Central do Brasil

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Por: Fabrício Julião

As taxas de juros futuros operavam em leve queda nos primeiros negócios desta quinta-feira, com o mercado assimilando a inesperada deflação ao produtor em março nos Estados Unidos, que pode balizar a postura do Federal Reserve (Fed) lá fora, enquanto continua monitorando as possíveis sinalizações do Banco Central do Brasil na cena local.

O Índice de Preços ao Produtor (PPI) dos EUA teve queda de 0,5% no mês passado, ao analisar dados dessazonalizados, ante queda de 0,1% em fevereiro. O resultado veio bem abaixo do esperado pelo mercado, que estimava o indicador em 0% no período. Logo depois da publicação, a hipótese de manutenção dos juros norte-americanos ganhou força e foi para 38,1%, ante 61,9% de apostas em alta de 25 pontos-base pelo Fed em maio, segundo dados compilados na Chicago Mercantile Exchange (CME). Esse placar era de 29,6% de aposta em taxa inalterada e 70,4% em alta de 0,25 ponto porcentual ontem.

Após a divulgação do PPI nos EUA manter o indício de que o processo de desinflação segue em curso no exterior, os DIs passaram a cair levemente. Os contratos de juros futuros seguem o movimento de queda de dias anteriores devido aos registros inflacionários abaixo do esperado aqui e lá fora.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, está em Washington e tem a agenda do dia fechada para a imprensa. Ele participará de reuniões com ministros das Finanças, presidentes de bancos centrais do G20 e com membros do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Na véspera, Campos Neto esfriou as expectativas de um corte antecipado da Selic, que havia animado os agentes financeiros após a desaceleração mais forte que o projetado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) a 0,71% em março. “Trata-se apenas de um número”, declarou.