DIs caem com expectativa por decisão do Copom; dólar sobe em dia de aversão ao risco

Confira o fechamento da moeda norte-americana e dos juros nesta quarta (2)

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Por Fabricio Julião

As taxas dos contratos de juros futuros fecharam majoritariamente em queda nesta quarta-feira (2), com investidores à espera da decisão de juros do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) daqui a pouco. Já o dólar encerrou em alta ante o real pelo terceiro dia consecutivo, ainda impulsionado pelo ambiente de aversão global ao risco.

Ao fim da sessão, os DIs com vencimentos em Jan/24 fecharam em alta de 2,0 pontos-base, a 12,64%. Já as taxas dos contratos para Jan/25, Jan/27 e Jan/31 recuaram 1,0 ponto-base, 8,0 pbs e 6,0 pbs, respectivamente, a 10,67%, 10,08% e 10,68%, respectivamente.

Os vértices mais curtos rondaram próximos da estabilidade durante toda a sessão, em leve tendência de alta. O movimento ocorreu devido ao adiamento da votação do novo marco fiscal na Câmara dos Deputados, segundo o especialista em renda fixa da Quantzed Ricardo Jorge. Já os DIs médios e longos caíram, com a maioria do mercado esperando o início do corte de juros pelo BC.

Como apontou o TC Consenso, há divergência no mercado em relação à magnitude da redução da Selic. Uma ala espera um corte mais agressivo, de 50 pontos-base, condizente com o movimento da curva dos DIs e com as negociações de opções de Copom. Já outros agentes financeiros acreditam que o BC fará valer a “parcimônia” adotada no último comunicado e adotará a diminuição mínima da taxa básica de juros, de 25 pbs.

Em meio à expectativa pela deliberação do BC na cena local, no exterior a aversão ao risco voltou à tona. A busca por segurança dos investidores levou o dólar a valorizar diante da maior parte de seus pares – incluindo o real –, principalmente após o rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos pela Fitch Ratings ontem à noite, além de receios de crescimento abaixo do esperado na economia global.

O dólar à vista fechou em alta de 0,29% ante o real, a R$4,8051.

A demanda pela moeda mais negociada do mundo é refletida pelo índice DXY, que avançava 0,65% por volta das 17h00, aos 102,618 pontos. Em uma cesta de 22 divisas acompanhada pela Mover, o dólar americano ganhava terreno frente a 21, cedendo levemente apenas para a lira turca.