CEO da Petrobras defende produção de petróleo para sustentar transição energética

Jean Paul Prates argumentou que combustível fóssil pode financiar mudanças

Tomaz Silva/Agência Brasil
Tomaz Silva/Agência Brasil

Por Sheyla Santos

O presidente da Petrobras (PETR4), Jean Paul Prates, defendeu nesta quarta-feira (16) a produção de petróleo para sustentar a transição energética brasileira.

“As empresas de petróleo têm que produzir petróleo para faturar e pagar a transição energética”, afirmou Prates na audiência pública das Comissões de Serviços de Infraestrutura e de Desenvolvimento Regional realizada hoje no Senado Federal.

Mais cedo, o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), disse em entrevista à live “Bom dia, Ministro” não ver contradição por parte do governo ao falar sobre transição ecológica enquanto avalia novas fontes de exploração de petróleo.

Além disso, Prates defendeu a política de preços da estatal e negou possível interferência do governo federal. Por outro lado, o executivo fez questão de ressaltar que a política de Preço de Paridade de Importação (PPI) está acabada.

“O PPI está acabado. O PPI é para importador, nós não importamos”, diz Prates, durante audiência pública no Senado realizada pelas comissões de Infraestrutura e Desenvolvimento.

RELAÇÃO COM GOVERNO

O executivo explicou ainda que não houve interferência do governo “em relação a dar ordem ou não para reter ou não o aumento”. Apesar disso, o CEO da Petrobras disse que mantém conversas regulares com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e integrantes do governo. 

“Tenho o dever de receber ministros, tenho o dever de respeitar as orientações de ministérios, do presidente da República, de outros ministros eventualmente, do Parlamento do Brasil. Nós somos uma empresa estatal, que tem parte do seu capital em mercado de ações, mas nós temos controle estatal”, afirmou Prates. “O que não quer dizer, por outro lado, que o estado vá artificialmente nos obrigar a subsidiar combustível”.

Confira a íntegra da participação de Jean Paul Prates no Senado: