Por Bruno Andrade — atualizado às 19h43
O Bradesco (BBDC4) reportou lucro líquido recorrente de R$ 4,51 bilhões no segundo trimestre de 2023, queda de 35,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. A informação foi divulgada em documento enviado ao mercado nesta quinta-feira (03).
O número ficou levemente acima da expectativa do mercado, que esperava um lucro líquido recorrente de R$ 4,45 bilhões, segundo o TC Consenso.
A inadimplência, que tem sido o grande temor dos bancos nos últimos trimestres, assombrou novamente o balanço do Bradesco. A inadimplência acima de 90 dias disparou 2,4 pontos percentuais, indo de 3,5% para 5,9%.
O maior índice ficou com as micro e pequenas empresas, com a inadimplência em 7%. Já o cliente pessoa física apresentou uma inadimplência de 6,7%.
“Reposicionamos nossa política de concessão de crédito para modalidades de menor risco, o que já vem trazendo uma melhora significativa na inadimplência das novas safras para patamares inferiores aos observados atualmente, com 95% das novas operações classificadas no rating AA-C”, afirmou o Bradesco.
Essa disparada da inadimplência fez a companhia aumentar as Provisões para Devedores Duvidosos (PDD) em 94,2%, indo de R$ 5,3 bilhões para R$ 10,3 bilhões.
“As novas safras já demonstram melhoras importantes na qualidade, em resposta às concessões mais restritivas nestes segmentos”, disse a empresa ao tentar amenizar as perdas.
O retorno sobre o patrimônio médio (ROEA) ficou em 11,1%, queda de 7 pontos percentuais na comparação com os 18,1% do ano anterior.
A margem financeira somou R$ 16,6 bilhões, alta de 1,2%.
“As receitas de prestação de serviços atingiram cerca de R$ 9 bilhões no trimestre, permanecendo consistentes. As operações de seguros seguem com bom desempenho, impulsionado pelo crescimento do faturamento, redução da sinistralidade e melhora do resultado financeiro”, disse a empresa