DIs sobem após corte na produção de petróleo pela Opep+ e preocupação com inflação

Incertezas em relação ao real impacto dos preços da cotação da commodity dominam mercados

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Por: Fabricio Julião

As taxas de juros futuros subiam nos primeiros negócios desta segunda-feira, após o corte na produção de petróleo pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) e as incertezas geradas sobre o nível de impacto da medida nos preços.

Por volta das 10h08, o DI com vencimento em Jan/24 subia 5,5 pontos-base, a 13,25%, enquanto o DI com vencimento para Jan/25 tinha alta de 7,5 pontos-base, a 12,11%, e o DI com vencimento em Jan/27 avançava 9 pontos-base, a 12,19%. 

As taxas mais longas também operavam em alta. O DI com vencimento em Jan/29 subia 10 pontos-base, a 12,62%, enquanto os DIs com vencimentos em Jan/31 e Jan/33 tinham alta de 7 pontos-base, a 12,87% e 12,98%, respectivamente.

O petróleo Brent futuro disparou depois do anúncio do corte na produção de mais de um milhão de barris por dia, sendo negociado no momento a US$ 84,59. Segundo analistas consultados pela Reuters, a medida pode ser um empurrão para os preços chegarem a US$ 100 o barril. 

Em meio a este cenário de aperto do petróleo, as incertezas em relação ao real impacto dos preços da cotação da commodity dominam o mercado nesta segunda. Devido à piora nas expectativas de inflação, o prolongamento da Selic em 13,75% ganha mais força à medida em que o BC continua com seu objetivo de ancorar as expectativas inflacionárias. O boletim Focus do Banco Central mostrou estabilidade nas expectativas de inflação para 2025 em 4,0%.

Além disso, também permanecem dúvidas sobre como o governo fará para conseguir a arrecadação necessária nos próximos anos para dar viabilidade às metas de resultado primário detalhadas no novo arcabouço fiscal. O mercado aguarda pelo envio do texto da nova regra fiscal ao Congresso Nacional para sanar dúvidas sobre o novo projeto. Hoje, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem reunião com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.