DIs abrem em alta com expectativas elevadas de inflação para os próximos anos e cenário de menor aversão ao risco

Nesta terça, membros do Copom participam da primeira reunião para a decisão sobre a Selic

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Por: Fabricio Julião

Todas as taxas de juros futuros operam em alta nesta terça-feira, com as expectativas do mercado financeiro de inflação mais altas nos próximos anos e o noticiário mais benigno em relação aos riscos do sistema financeiro internacional pesando para a manutenção da postura ainda rígida do Banco Central.

Por volta de 10h15, o DI com vencimento em Jan/2024 subia 3,5 pontos-base, a 13,04%, enquanto o DI com vencimento em Jan/2025 tinha alta de 6 pontos-base, a 12,17%, e o para Jan/2027 avançava 6 pbs, a 12,52%.

Já os contratos mais longos também mantinham alta, mesmo após terem fechado o dia anterior em queda. O DI com vencimento em Jan/2029 subia 6 pontos-base, enquanto o DI com vencimento para Jan/2031 avançava 8 pbs, a 13,20%, e o para Jan/2033 7 pontos-base, a 13,30%. 

As taxas de juros futuras brasileiras em alta também refletem a apreciação dos juros da dívida pública americana. Os rendimentos dos Treasuries de dez anos avançam 9,9 pontos-base nesta terça-feira, a 3,59% ao ano.

Nesta terça, membros do Comitê de Política Monetária do Banco Central participam da primeira reunião para a decisão sobre a Selic, que será anunciada amanhã. As apostas seguem unânimes no mercado para a manutenção da taxa em 13,75% ao ano, segundo projeção feita pelo Mover. 

A grande expectativa, na visão dos especialistas, é em relação ao comunicado que será divulgado mostrando o tom da política monetária do BC. Mais especificamente, os indícios do período em que se iniciará o corte de juros. 

Enquanto alguns economistas já apontam recuo da Selic em 25 pontos-base na reunião de maio, outros esperam que o corte só ocorra em abril do próximo ano. A mediana do mercado aponta para queda com início em novembro deste ano, segundo projeção do TC Consenso.