Ibovespa oscila perto da estabilidade, por receios com China; Petrobras avança

Acompanhe a movimentação da Bolsa brasileira nesta terça (15)

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Por Luca Boni

O Ibovespa oscila perto da estabilidade na manhã desta terça-feira (15). De um lado, o índice é amparado pelas ações da Petrobras (PETR4), que sobem após o anúncio de reajustes nos preços dos combustíveis. No entanto, a cautela entre os investidores ainda persiste globalmente, com receios sobre a atividade econômica da China, após uma nova série de dados econômicos insatisfatórios do gigante asiatico.

Por volta das 10h20, o Ibovespa avançava 0,10%, aos 116.927 pontos. O volume de negócios projetado para a sessão é de R$30,5 bilhões, acima da média de 50 pregões.

Em um contexto de desaceleração econômica da China, o banco central do país diminuiu a taxa de empréstimos de longo prazo em agosto para 2,50%, o segundo corte em três meses. Além disso, a variação dos investimentos em ativos fixos foi para 3,4% em julho, abaixo do consenso, enquanto a taxa de desemprego registrou aumento no mês. A produção industrial chinesa, por sua vez, teve variação positiva em julho, mas abaixo do esperado.

Os dados chineses foram mal recebidos pelos investidores e reforçaram a cautela nos mercados globais, principalmente para emergentes mais dependentes do gigante asiático – caso do Brasil.

No âmbito corporativo, destaque para as ON e PN da Petrobras que saltavam 4,25% e 4,08%, respectivamente. Mais cedo, a estatal anunciou um aumento de cerca de 16% no valor da gasolina em suas refinarias e uma elevação de 26% no diesel, citando “a consolidação dos preços do petróleo em outro patamar” e afirmando que havia atingido o “limite de sua otimização operacional”.

Entre as maiores altas percentuais do Ibovespa, as ON da Vibra subiam 5,81%. Ontem, a empresa informou uma queda de 81% do seu lucro na base anual, mas analistas do UBS-BB afirmaram que o resultado veio em linha com o esperado e destacaram que o segundo semestre pode ser um ponto de virada para a empresa, com margens melhores.

Na ponta oposta, as ON da PRIO e da Eletrobras recuavam 4,10% e 2,69%, na sequência. Já as PN da Gol e as ON da Magazine Luiza despencavam 9,40% e 6,34%, na ordem, entre as maiores quedas percentuais.