Por Erick Matheus Nery, com informações da Mover — atualizado às 18h55
Após mais de uma década com o nome “Via Varejo” e derivados, a operação da companhia que administra a Casas Bahia abandona essa marca e volta para o seu nome original. Em comunicado enviado ao mercado nesta terça (12), a empresa anunciou que deixará o nome “Via” no passado e passará a se chamar Grupo Casas Bahia. A mudança também impactará os papéis da empresa, que passarão a ser negociados com o ticker BHIA3 (atualmente, o código é VIIA3).
A alteração foi aprovada em Assembleia Geral Extraordinária realizada hoje e os papéis começam a ser negociados com o novo ticker no pregão do dia 20 de setembro.
“O novo posicionamento da marca institucional, nova assinatura corporativa e agora a alteração do ticker para BHIA3, reforçam a estratégia da companhia de focar no DNA da sua principal bandeira, resgatando o histórico de bons resultados das categorias core, nas quais somos especialistas e reconhecidos como destino de compras”, destacou a empresa no comunicado disponibilizado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que complementou:
“Adicionalmente, retomaremos o slogan histórico da Casas Bahia, identificado por décadas pelas famílias brasileiras: ‘Dedicação total a você'”
Follow-on no radar
De acordo com informações publicadas pela coluna Painel S.A., do jornal Folha de São Paulo, as reservas de novas ações da ex-Via já excederam em R$600 milhões a quantia de R$1 bilhão que a varejista espera levantar por meio de uma operação de emissão de novos papéis — conhecida como “follow-on”.
A expectativa é de que a demanda por ações da companhia atinja R$2 bilhões, se a oferta de ações seguir no ritmo de reservas atual.
O dinheiro a ser levantado nesta operação servirá para reforçar a estrutura de capital da companhia, que acumula R$8,7 bilhões em empréstimos, dos quais 57% são operações de crediário com instituições financeiras.
O movimento de reservas de novas ações começou na terça-feira (5), quando a Via protocolou um registro de oferta pública primária na CVM para a distribuição de 778,6 milhões de novos papéis. A notícia sobre a alta demanda no follow-on é vista como positiva por operadores de mercado, por mostrar disposição do mercado em financiar suas operações.