Por Bruno Andrade
A J&F entrou de vez na briga pela Braskem (BRKM5) e fez uma oferta de R$ 10 bilhões fatia da Novonor, ex-Odebrecth, na companhia. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (12) pelo jornal Valor Econômico.
Com a oferta, a companhia dos irmãos Batistas passou a fazer parte da disputa pelas ações da Braskem, que já teve oferta da Unipar. Segundo a reportagem, o valor proposto pela família Batista agrada os bancos, mesmo sendo a mesma quantia da Unipar, por não deixar nenhuma fatia para a família Odebrecht.
Todavia, a proposta da Unipar está mais encaminhada. Na semana passada, a Unipar recebeu da Novonor uma sinalização de que sua proposta pelo controle da maior petroquímica da América Latina atendia aos interesses tanto da antiga Odebrecht, quanto das demais partes interessadas.
A sinalização formalizou um convite à Unipar, do empresário Frank Abubakir, para dar início ao processo de auditoria, ou due diligence, em relação à Braskem, visando apresentar uma proposta vinculante ou a negociação de documentos definitivos da oferta.
Embora neste momento não haja concessão de uma exclusividade, a Unipar informou que “juntamente com seus assessores, bancos credores, Petrobras, Novonor e demais partes envolvidas, analisará os próximos passos da operação, incluindo a assinatura de contrato de exclusividade para potencialmente dar início à auditoria na Braskem”.
Além disso, a Petrobras (PETR4) também iniciou o processo de due diligence para analisar uma possível compra da Braskem. O pedido envolve uma análise mais aprofundada os balanços e a lucratividade da Braskem, para assim, a empresa compradora saber o que está adquirindo de fato.
As ações que podem ser compradas são da Novonor, ex-Odebrecht. A companhia está vendendo os ativos em meio à recuperação judicial. A Petrobras tem a preferência em comprar essas ativos por meio de um tag along assinado pelos acionistas no passado.
A Novonor também recebeu uma proposta da Apollo e da Empresa Nacional de Petróleo de Abu Dhabi (Adnoc), de R$47,00 por ação da Braskem. Desse montante, R$20,00 seriam pagos em dinheiro, R$20,00 em bônus perpétuos com taxa de 4% ao ano e R$7,00 em títulos conhecidos como “warrants” – o que tem dificultado uma estimativa precisa do valor presente da proposta, vista pelo mercado como menos atrativa.