Por Leandro Tavares
O relatório de emprego urbano dos Estados Unidos, conhecido como Payroll, mostrou a criação de 187 mil postos de trabalho no país em julho, abaixo do consenso de mercado, que estimava 200 mil novos empregos.
Após o resultado abaixo do esperado, o mercado passou por um ajuste, com queda do dólar e dos juros futuros, diante da possibilidade de que o Federal Reserve não tenha que adotar uma política monetária mais contracionista daqui em diante. A leitura é que um mercado de trabalho menos apertado pode contribuir com a já observada trajetória de desinflação na economia americana.
Em julho, segundo o relatório divulgado pela Secretaria de Estatísticas Trabalhistas dos EUA (BLS, na sigla em inglês), os maiores ganhos de empregos foram nas áreas da saúde, assistência social, atividades financeiras e comércio atacadista, que mostraram ganhos de 63 mil, 24 mil, 19 mil e 18 mil, respectivamente.
No mês passado, a taxa de desemprego atingiu 3,50% na base mensal, com 5,8 milhões de desempregados no país. O número também ficou abaixo do consenso dos analistas, que era de 3,60%.
O ganho médio por hora trabalhada subiu 0,4% na base mensal, um pouco acima do consenso, que esperava 0,3%. Na base anual, por sua vez, os reajustes foram de 4,4%, enquanto a projeção estimava 4,2% no período. Já a média de horas trabalhadas na semana alcançou 34,30 em julho, em linha com o consenso.